Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Andréia Gomes da |
Orientador(a): |
Passeggi, Maria da Conceição Ferrer Botelho Sgadari |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48244
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Resumo: |
O atendimento educacional hospitalar e domiciliar (AEHD) visa a garantir a continuidade da escolarização a estudantes que não podem frequentar a escola por sua condição de adoecimento. Como raramente a formação inicial tem contemplado as exigências do exercício da atividade docente no AEHD, essa lacuna passa a exigir uma formação continuada que considere a complexidades das características próprias desse contexto, incluindo as normativas legais. Partindo da hipótese de que nesse contexto as pessoas desenvolveram saberes específicos às suas atividades, a presente pesquisa tomou como temática a formação continuada de professoras do AEHD e como lócus de investigação um Curso de formação continuada, realizado em cooperação entre a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura do Esporte e do Lazer do RN e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 2019, fundamentado na perspectiva da pesquisa-ação-formação (PINEAU, 2005; PASSEGGI, 2016). O objetivo era investigar com 08 (oito) professoras cursistas as aprendizagens autobiográficas por elas desenvolvidas ao longo da vida e sistematizadas oralmente e por escrito durante a formação. O referencial teórico adotado fundamenta-se nos princípios das abordagens (auto)biográficas em educação (DELORY-MOMBERGER, 2012, 2016; PASSEGGI 2006, 2011, 2014, 2016, 2020, 2021; ALHEIT E DAUSSIEN, 2006; SOUZA, 2014; PINEAU, 2004, 2005; JOSSO, 2010); da Psicologia narrativista (BRUNER, 1997, 2014; BROCKMEIER; HARRÉ, 2003); da formação docente (NÓVOA, 1999, 2002, 2009 e FREIRE, 1996, 2005, 2015); do Atendimento educacional e seus marcos legais (BRASIL, 1996). O corpus está constituído por fontes documentais, narrativas orais das professoras obtidas por meio da entrevista episódica (FLICK, 2009) e narrativas escritas sob a forma de resumos expandidos e publicados (SEMINÁRIO REGIONAL SOBRE ATENDIMENTO EDUCACIONAL HOSPITALAR, 2019).Para a realização das análises adotamos a análise temática (JOVCHELOVITCH; BAUER, 2002) e a meta-interpretação (PASSEGGI et al., 2017). Identificamos nas narrativas das professoras que as aprendizagens autobiográficas se centram em quatro temáticas: 1) morte, perdas, luto e finitude; 2) saber-fazer no AEHD, cujos elementos primordiais são a escuta, o reconhecimento do estudante em sua integralidade, a dialogicidade entre educação e saúde e a reflexão crítica da prática docente; 3) o reconhecimento da capacidade docente de formar-se nas dimensões autoformativa e heteroformativa, emancipatória, da ação, reflexão e (re)significação e autopoiética; e 4) a prática docente nas dimensões do cuidado, do afeto com o estudante em situação de adoecimento e a do currículo escolar no AEHD – sensível, interdisciplinar e flexível. Defendemos a tese de que a tomada de consciência das aprendizagens autobiográficas se constrói mediante a pesquisa-ação-formação que promove a reflexão sobre a prática, num movimento dialético entre o fazer, o refletir e agir (ação-reflexão-ação) no AEHD. Reconhecemos que as professoras se formam ao longo da vida e em todos os aspectos da vida, elas possuem um capital autobiográfico e o acessam por meio da pesquisa sobre o seu fazer, a ação de narrar são geradoras de auto(hetero)formação. Em síntese, é por meio da pesquisa-ação-formação que as professoras sistematizam suas experiências e se apropriam de suas aprendizagens autobiográficas. |