Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Marques, Maria de Fátima Jerônimo |
Orientador(a): |
Magalhães, Rita de Cássia Barbosa Paiva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28200
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Resumo: |
Historicamente, as relações sociais de gênero expressas, sobretudo na divisão sexual do trabalho, determinam o lugar das mulheres no âmbito doméstico, sua responsabilização pelos cuidados com a prole e manutenção das necessidades da família corroborando para a construção e perpetuação de desigualdades entre o conjunto dos gêneros. No âmbito das famílias de pessoas com deficiências, as desigualdades se complexificam, haja vista que são as mulheres mães os sujeitos familiares que mais realizam adaptações na rotina ou passam a dedicar-se exclusivamente ao/a filho/a dependente. Maternar um/a filho/a com deficiência se expressa de forma singular na vida das mães, pois cada sujeito tem necessidades particulares, além do mais, pode se tornar mais difícil a depender também dos comportamentos e das práticas sociais com as quais esbarram nos espaços de sociabilidade. Partindo dessas premissas como eixos norteadores, construímos nosso objeto de pesquisa: explicitar, a partir das relações sociais de gênero, as desigualdades vivenciadas pelas mulheres mães de crianças com deficiências colaboradoras da pesquisa, assim como os desafios enfrentados no cotidiano. O estudo tem natureza qualitativa caracterizada pela partilha entre os sujeitos envolvidos (pesquisadora e colaboradores), onde os dados construídos resultam do mergulho na realidade de sujeitos reais, em suas narrativas, nos movimentos concretos e ocultos do processo investigativo. Considerando as particularidades de nossas colaboradoras, suas demandas e necessidades tomamos como aporte a abordagem metodológica da pesquisa-ação que possibilitou sistematizar o conhecimento produzido e construir uma intervenção junto às mulheres mães colaboradoras. Para fins de coleta e construção dos dados, utilizamos a observação, realizada no contato direto com os sujeitos e a instituição envolvida, entrevista semiestruturada individual realizada com 07 (sete) mulheres mães de crianças com deficiência, análise de documentos com o objetivo de mapear e descrever o campo de pesquisa e seu território e, intervenção com a participação de 05 (cinco) das 07 mulheres entrevistadas. Ainda, para fins avaliativos elaboramos e aplicamos dois instrumentos de avaliação. A guisa de conclusão, destacamos que a investigação explicitou a manutenção de concepções acerca da maternidade forjada na estreita associação entre religiosidade e gênero. As reflexões e diálogos promovidos mostraram que alguns processos de adoecimentos, acometidos às mulheres mães estão relacionados a sobrecarga de atividades dedicadas aos/as filhos/as e a família, assim como, é pouco o tempo dedicado as necessidades próprias. Identificamos que as colaboradoras da pesquisa vivenciam processos estigmatizantes que invisibiliza suas demandas e necessidades. Foi ainda possível evidenciar que, como forma de enfrentamento a extenuante rotina, as mulheres mães, constroem redes de apoio social como estratégia para aliviar o peso da caminhada. |