Pré-natal odontológico em um município de grande porte do nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, José Saturnino da
Orientador(a): Brito, Ewerton William Gomes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO NORDESTE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/53122
Resumo: O pré-natal odontológico (PNO) na estratégia saúde da família (ESF) tem como marco inicial para sua instituição as diretrizes da política nacional de saúde bucal publicada em 2004, que estimulou a ampliação dos serviços odontológicos para as gestantes. O pré-natal odontológico nos municípios brasileiros tem enfrentado inúmeras barreiras para sua consolidação. A cobertura desse serviço ainda é considerada baixa, sendo que, os cirurgiões-dentistas tem dificuldade em estar inseridos nas equipes que prestam assistência às gestantes, realizando os atendimentos de forma isolada, com foco para ações curativas. Este trabalho tem como objetivo conhecer como os cirurgiões-dentistas da estratégia saúde da família (ESF) do município de Parnamirim/RN tem realizado o pré-natal odontológico. Estudo de cunho quantitativo, descritivo com delineamento transversal, realizado com 36 cirurgiões-dentistas. Os dados foram coletados a partir de um questionário semiestruturado, elaborado pelo pesquisador e norteado pela literatura vigente, utilizando uma escala do tipo Likert, com o objetivo de questionar os cirurgiõesdentistas sobre concepções, condutas e processos de trabalho durante a realização do pré-natal odontológico dentro da ESF. Para tabulação e análise foi utilizado o programa Microsoft Excel com apoio do software livre R Studio. Verificou-se que 86% dos participantes realizam atendimento odontológico para as gestantes, 39% deles contemplam de forma eventual tanto ações individuais quanto coletivas em sua prática. Para 44% dos entrevistados, as ações educativas são realizadas em maior frequência que as ações curativas, 75%, não realizam visitas domiciliares às puérperas, sendo que, 50% não participam dos grupos de gestantes. Conclui-se que é necessário potencializar o uso de ferramentas ou estratégias para aumentar a adesão das gestantes ao PNO, há necessidade de equilíbrio entre as ações realizadas, sejam elas, coletivas, individuais, curativas ou preventivas. Práticas que envolvem principalmente o planejamento interprofissional e atuações conjuntas, como por exemplo, os grupos de gestantes, consultas compartilhadas e visitas domiciliares puerperais não estão consolidadas na rotina dos cirurgiões-dentistas da ESF do município. A educação permanente/continuada envolvendo a temática precisa ser incluída no calendário dos profissionais, no entanto, vem sendo dada pouca ou nenhuma valorização pela gestão.