Densidade de estocagem em camarões da espécie Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879) na fase juvenil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Jamilly de Souza
Orientador(a): Miranda, Maria de Fátima Arruda de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19433
Resumo: Entre as diversas atividades aquícolas, a carcinicultura sobressai-se devido ao alto valor comercial que os crustáceos atingiram no mercado. Dentre as espécies de água doce cultivadas, uma das que mais têm se destacado é Macrobrachium rosenbergii. O conhecimento sobre o comportamento da espécie e a influência das características do ambiente em seu desenvolvimento pode otimizar o manejo e minimizar prováveis impactos ao meio ambiente e ao próprio animal. Assim, nosso objetivo geral foi caracterizar as atividades comportamentais dessa espécie nos estágios iniciais do desenvolvimento em diferentes densidades de estocagem, nas fases do ciclo de luz. Pós-larvas com 30 dias de vida foram trazidas da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), Macaíba/RN e, em seguida, transferidas para o laboratório de Estudos do Comportamento do Camarão (LECC), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde foram medidas e pesadas. Para cada experimento, foram utilizados oito aquários de 60 L (40 cm x 30 cm x 50 cm), com temperatura e aeração constantes e filtração contínua através de mídias filtrantes biológicas em mini-tubos, areia, lã de vidro e carvão vegetal, contendo três centímetros de areia de filtro de piscina (granulometria média) como substrato e submetidos ao ciclo de 12h/12h, tendo 30% da água trocada uma vez por semana. Os abrigos utilizados foram pedaços de tijolos, sendo 2 em cada aquário. A qualidade da água foi monitorada semanalmente. Para observação do comportamento dos animais, utilizamos duas densidades: 25 animais m-² e 40 animais m-². Os comportamentos foram observados através dos seguintes métodos de registro: amostragem comportamental - entrada e saída do abrigo, coleta de alimento no substrato e na coluna d’água, afastamento, ataque, perseguição e canibalismo; scan - inatividade, alimentação, exploração, cavação, natação, limpeza e permanência no abrigo. As observações ocorreram em janelas de 15 minutos/aquário, 4 vezes ao dia, por 4 dias na semana, ao longo de 4 semanas. O alimento foi ofertado 2 vezes ao dia, imediatamente antes de 2ª e da 4ª janela de observação de cada aquário. Nossos resultados demonstraram que na alta densidade, na fase de claro, os animais apresentaram maior frequência de atividades comportamentais que possivelmente promoveram menor exposição, e também evitação de atos agonísticos. Nessa densidade, na fase de escuro, a maior frequência foi de comportamentos que pareceram gerar maior exposição a riscos. Para a baixa densidade, encontramos um padrão que pode ser importante para o manejo ao gerar mais conforto aos animais no ambiente de cultivo. Concluiu-se que a densidade de estocagem exerceu influência na expressão das atividades comportamentais de M. rosenbergii nos estágios iniciais do desenvolvimento, com modificações no comportamento que indicam bem-estar pobre ao animal em condições de alta densidade de estocagem.