Letramento laboral de agricultores: cooperando saberes em práticas digitais de comercialização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fonseca, Alyssandra Viana
Orientador(a): Paz, Ana Maria de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57489
Resumo: Em meio às pequenas propriedades localizadas em áreas rurais interioranas, gerenciadas, na maioria das vezes por agricultores familiares, os letramentos digitais são pouco aproveitados não apenas pela pouca disponibilidade de equipamentos tecnológicos, mas também pela ausência de experiências quanto ao uso desses dispositivos em suas atividades laborais no domínio digital. Diante dessa problemática, o presente estudo objetiva investigar os impactos gerados pela realização de intervenção composta por oficinas de letramento direcionadas a agricultores cooperados na Cooperativa Mista da Agricultura Familiar de Acari e Adjacências (COMFA), em termos de melhoria da qualidade de suas práticas de letramento laboral quanto à divulgação e comercialização de produtos rurais em ambientes digitais (e-commerce). Teoricamente, fundamenta-se em aportes referentes aos letramentos como prática social (Street, 1984; Hamilton, 2000; Kleiman, 1995 e 2005), mais precisamente em estudos que focalizam os multiletramentos (Rojo, 2009; Kalantzis, Cope, e Pinheiro, 2020), o letramento digital (Coscarelli; Ribeiro, 2005; Buzato, 2007; Ribeiro, 2009 e 2021; Braga, 2013), o letramento laboral (Paz, 2008), os letramentos críticos (Kleiman; Santos-Marques; Leurquin, 2021), além de discussões acerca das relações de trocas de saberes entre acadêmicos/extensionistas e camponeses em espaços rurais (Freire, 1983). Metodologicamente, trata-se de uma pesquisaação (Thiollent, 2011; Dionne, 2007), que adota abordagem de dados qualitativa (Bogdan; Biklen, 1994), interpretativista (Moita Lopes, 1994; 2006), com traços de vertente etnográfica (Chizzotti, 2006; Angrosino, 2009). Para o percurso interventivo, foram utilizadas as orientações propostas pelos projetos e oficinas de letramento (Kleiman, 2000; Oliveira, 2008; Oliveira, Tinoco, Santos, 2014; Santos-Marques; Kleiman, 2019), além do Diagnóstico Rural Participativo (DRP) (Verdejo, 2010). Como resultados desta investigação, podemos destacar que as intervenções possibilitaram aos participantes ampliar seus letramentos em práticas digitais, mais especificamente em termos de conhecimentos voltados às vendas em canais digitais, no que diz respeito às redes sociais e às transações bancárias. Além disso, favoreceram a reorganização e o aprimoramento visual das postagens e do perfil de conta do Instagram da cooperativa, por meio de planejamento e de uso de estratégias voltadas para uma melhor elaboração e divulgação de posts de produtos disponibilizados à venda.