Contexto da (in)segurança e políticas públicas de desenvolvimento turístico local

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Coutinho, Ana Catarina Alves
Orientador(a): Nóbrega, Wilker Ricardo de Mendonça
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TURISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49907
Resumo: O cenário de violência e insegurança pública tem despertado o interesse de pesquisadores e expandido para áreas de dinâmica turística. Segue a perspectiva com o foco no comportamento do turista e como um indicador na escolha do destino turístico. O que escapa nessa percepção é que, embora não seja um fenômeno recente, a insegurança e a violência remontam às primeiras organizações em sociedade, acompanhou mudanças substantivas no estilo de vida e, portanto, incorpora um processo de discussão de desenvolvimento urbano e social. Por esse motivo, esta tese tem como objetivo analisar como as políticas de desenvolvimento urbano têm impactado na dinâmica socioespacial do turismo e na insegurança no bairro de Ponta Negra, Natal/RN. Com o olhar do método da complexidade, foram coletados dados estatísticos criminais, turísticos e urbanísticos; foi realizada análise documental, legislativa e de política pública; e coletados relatos empíricos a partir de uma imersão no cotidiano e em narrativas constituídas sob a insegurança pública. Estruturada em três capítulos, a tese discute, em um primeiro momento, o consenso estabelecido de que o aumento da criminalidade incide na diminuição do fluxo turístico. No segundo momento, esclareceu as raízes da relação entre turismo e insegurança pública a partir do processo de desenvolvimento urbano revestida pela dimensão física e simbólica da produção do espaço. No terceiro momento, a partir de relatos empíricos de campo, demonstrou que não existe um sentimento de insegurança, mas diversos sentimentos, no sentido plural da palavra, e estes não se apresentam de forma aleatória. Os resultados desta tese mostram que a insegurança pública funciona como um risco inerente às dinâmicas de globalização e mobilidade social, onde o turismo ganha um papel fundamental como indústria globalizadora. Conclui-se, assim, que as políticas de desenvolvimento urbano conduzem uma beleza estética para determinadas áreas, especialmente as que possuem a dinâmica socioespacial do turismo; outras áreas são segregadas e, portanto, palco do sentimento de insegurança pelo cenário de desordem, incivilidade e ausência de serviços públicos. A insegurança pública transita de um sentimento emocional para o racional. O turismo retroalimenta o sentimento a partir das mobilidades sociais e o advento de novas economias e fluxo de pessoas, utilizando de um apelo ambiental e paisagístico para conformar povos transitórios.