O turismo em áreas serranas do Nordeste brasileiro no contexto da Pandemia de Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bicalho, Dimas Magalhães
Orientador(a): Fonseca, Maria Aparecida Pontes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TURISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49983
Resumo: Com a pandemia de Covid-19 e as restrições de deslocamentos aéreos e rodoviários, as destinações localizadas em serras passaram a ser vistas como uma alternativa para as pessoas que queriam uma espécie de refúgio e também para aqueles que, após o período mais crítico de isolamento social, sentiram necessidade de sair de casa e viajar. As serras localizadas próximas aos grandes centros urbanos se constituíram em ambientes favoráveis para uma demanda que buscava fugir das aglomerações urbanas e procurava localidades com características mais rurais, tranquilidade e qualidade de vida, encontradas nas pequenas cidades. Diante da reflexão sobre as repercussões da pandemia nessas áreas, o objetivo da presente pesquisa foi analisar as estratégias de enfrentamento dos agentes públicos e privados frente a crise sanitária decorrente da pandemia de Covid-19 nas localidades turísticas serranas do Nordeste brasileiro. Optou-se por um estudo descritivo-exploratório para caracterizar e dimensionar o turismo, com abordagem qualitativa e quantitativa, partindo de uma análise das regiões turísticas de serras constantes no Mapa do Turismo Brasileiro no período anterior e durante a pandemia (de 2017 a 2022), com observações em campo e a realização de entrevistas nos municípios de Gravatá (PE), Baturité e Guaramiranga (CE), Martins, Portalegre e Serra de São Bento (RN). Como resultados, tem-se que as estratégias do setor público para o enfrentamento da pandemia nas destinações analisadas foi no sentido de criar um marco regulatório (leis e decretos), além de barreiras sanitárias. Já o setor privado atuou no sentido de se capacitar e garantir a adoção de medidas e protocolos de biossegurança, principalmente nos estabelecimentos de hospedagem e de alimentação. Embora a pandemia tenha provocado uma suspensão temporária dos serviços, com perdas de empregos e fechamento de empresas, a demanda turística nas serras teve uma discreta alteração, com redução dos grupos, mas os fluxos foram retomados de forma gradual, a partir da própria demanda e da pressão dos empresários do turismo. Apesar da crise, a pandemia também apresentou aspectos positivos, principalmente relacionados aos cuidados sanitários durante as viagens e a preocupação quanto às aglomerações humanas. A pandemia também potencializou a emergência de uma nova destinação turística nas serras potiguares: Polo Serras do Agreste Potiguar.