Arquitetura de museu-parque: os pavilhões expositivos do Instituto Inhotim

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ribeiro, Isaias da Silva
Orientador(a): Veloso, Maisa Fernandes Dutra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22212
Resumo: A tese aqui apresentada estuda a relação entre arquitetura e arte, tendo como estudo de caso os pavilhões expositivos do Instituto Cultural Inhotim, localizado na cidade de Brumadinho, Minas Gerais. A investigação procurou responder à seguinte questão: Como vem se estabelecendo a relação entre arquitetura e artes visuais no Instituto Inhotim? A partir do problema apresentado, outras questões foram elaboradas para o desenvolvimento da pesquisa: Em que medida as características formais das obras de artes visuais conduziram o processo de concepção dos projetos dos pavilhões de caráter permanente do Instituto Inhotim? Os espaços expositivos do Instituto Inhotim apresentam características que os diferenciam de projetos de arquitetura museológica elaborados para outras instituições? Que aspectos lhes são específicos? O estudo busca, a partir da análise dos pavilhões expositivos daquela instituição, relacionar as características morfológicas, funcionais e materiais das edificações com as obras de arte contemporânea (de caráter permanente) e o diálogo entre arquiteto e artista durante o processo projetual. Para tanto, foi feita a análise dos pavilhões permanentes à luz do discurso dos arquitetos e artistas envolvidos no processo projetual. Pretendeu-se, com este estudo, trazer uma contribuição acerca da produção da arquitetura contemporânea brasileira, abrindo, assim, novos caminhos para estudiosos interessados no campo de projeto de arquitetura de museus e espaços expositivos, tendo como enfoque as relações entre arte e arquitetura. As conclusões da pesquisa indicam que, no panorama dos espaços projetados para a arte no Brasil, o Inhotim se apresenta como um caso único. O Inhotim se configura a partir de uma expografia que inclui o acervo exibido em parte “ao ar livre” (esculturas, por exemplo) entre a vegetação do parque e outras obras (como instalações e pinturas) são abrigadas em edificações projetadas através de parcerias entres arquitetos e artistas. Nesta perspectiva, a arte contemporânea, que agrupa uma gama de processos artísticos, encontra neste museu, um campo aberto para concretização das mais diversas proposições nesse universo de criação. No que se refere aos projetos dos pavilhões para exposição permanente, outros aspectos são valorizados, além das características morfológicas das obras de arte, como, por exemplo, os temas e materiais utilizados pelos artistas em suas obras. Para finalizar, podemos afirmar que no Inhotim, e mais diretamente nos remetendo ao conjunto arquitetônico museológico em constituição, a arquitetura que vem sendo produzida, específica para abrigar obras de arte contemporânea, é inédita no campo do museu-parque de arte. A parceria entre arquiteto e artista conduz à produção de um projeto único de arquitetura que objetiva a proteção e exibição do acervo, em especial de instalações.