Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gonzaga, Amanda Katarinny Goes |
Orientador(a): |
Medeiros, Ana Miryam Costa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PATOLOGIA ORAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20947
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Resumo: |
A queilite actínica (QA) é uma lesão potencialmente maligna que acomete o vermelhão do lábio e resulta da exposição crônica aos raios solares. Atualmente, não é possível predizer quais os casos de QA progredirão para o carcinoma de células escamosas e, portanto, alguns marcadores biomoleculares têm sido estudados. A ciclo-oxigenase 2 (COX-2) é uma enzima associada com a resposta inflamatória e superexpressa no câncer oral; no entanto, pouco se sabe sobre o papel desta proteína em queilites actínicas. Além disso, as modalidades terapêuticas atualmente disponíveis para QA podem ocasionar efeitos deletérios e citotóxicos aos pacientes. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a expressão imuno-histoquímica da COX-2 em QAs de diferentes riscos de transformação maligna e analisar, através de acompanhamento clínico, a eficácia do gel de diclofenaco sódico a 3% no tratamento dessa lesão. A imunoexpressão da COX-2 foi analisada semi-quantitativamente em 90 casos de QAs graduadas em baixo risco (n = 55) e alto risco (n = 35) de transformação maligna. O teste Qui-quadrado de Pearson foi realizado para verificar possíveis associações entre a imunoexpressão da COX-2 e a gradação histológica das queilites actínicas. O coeficiente ponderado de Kappa denotou uma boa concordância interobservador (0.677). Para o estudo clínico, dezenove pacientes diagnosticados com QA foram orientados a realizar aplicação tópica do gel de diclofenaco, três vezes por dia, durante 90 dias. A cada visita, os casos foram documentados através de fotografia digital e, ao final do tratamento, dois pesquisadores analisaram todas as imagens para avaliar o aspecto clínico do lábio. Também foi avaliada a tolerabilidade ao fármaco e satisfação do paciente ao final do tratamento. A COX-2 esteve superexpressa em 74.4% dos casos de queilites actínicas. Ambos os grupos, de baixo e alto risco, revelaram predominância do escore 3 (elevada imunoexpressão), seguida dos escores 2 e 1 (baixa expressão e ausência de expressão, respectivamente). Não foi observada associação significativa (p = 0.283) entre a expressão de COX-2 e a gradação histológica das QAs analisadas. Dos indivíduos que participaram do estudo clínico, dez apresentaram remissão total das características clínicas da lesão (escore 1), e em três pacientes, a melhora foi considerada parcial (escore 2). Um participante apresentou piora do quadro clínico (escore 4). Em cinco casos, o tratamento foi descontinuado devido ao desenvolvimento de leves efeitos adversos no local de aplicação do gel. Quanto à análise de satisfação e tolerabilidade ao fármaco, a maioria dos pacientes mostrou-se plenamente satisfeita com a terapia (n = 11) e relatou que o fármaco não era irritante para os lábios (n = 9). Os resultados desse estudo demonstram que a elevada imunoexpressão da COX-2 é frequente em QAs; no entanto, essa proteína não esteve associada ao risco de transformação maligna nos casos analisados. A aplicação tópica do gel de diclofenaco sódico a 3% forneceu uma abordagem conveniente, não invasiva e bem tolerada na maioria dos casos, podendo constituir uma alternativa promissora no tratamento da queilite actínica. |