Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Giulian César da |
Orientador(a): |
Uchoa, Adriana Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47244
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Resumo: |
Tephrosia toxicaria (Sw.) Pers. é uma leguminosa ocorrente na região Nordeste do Brasil que vem despertando atenção de pesquisadores ao servir como matriz para obtenção de inúmeras formulações adjuvantes às estratégias de manejo integrado de vetores e doenças, como extratos vegetais, devido a sua toxicidade seletiva e compatibilidade ambiental. A possibilidade de ampliar o repertório de opções de adjuvantes naturais estimulou o desenvolvimento da presente pesquisa, que teve por objetivo investigar o potencial bioativo e biossegurança de extratos aquosos e hidroetanólicos de sementes, raízes, caules e folhas de T. toxicaria. O primeiro capítulo desta tese trata de uma revisão bibliográfica do estado da arte atual sobre a utilização de inseticidas botânicos adjuvantes ao manejo integrado de vetores de arbovírus, com ênfase em espécies dos gêneros Aedes, Culex e Anopheles. O segundo capítulo da tese descreve a versatilidade dos extratos de T. toxicaria no controle de Aedes, destacando o extrato hidroetanólico de raízes (RHA) como o extrato larvicida mais promissor, demonstrando as menores concentrações letais para 50% (300 µg/mL) e 90% (840 µg/mL) das larvas de Aedes, observadas 24 h pós-exposição. Em testes de campo, RHA (840 µg/mL) comportou-se como um agente deterrente de oviposição, reduzindo a postura de ovos de Aedes em aproximadamente 90%. Além de manifestar propriedades inseticidas, RHA apresenta atividade antioxidante, principalmente no controle da homeostase de íons metálicos e restauração da atividade metabólica de células em condições de estresse oxidativo, sob baixas concentrações (100 µg/mL). Embora moléculas leishmanicidas também sejam expressas em RHA, sua solubilização foi menos acentuada, demandando uma concentração maior de extrato para inibir o crescimento de formas promastigotas de Leishmania amazonensis (IC50 = 3,53 mg/mL). No intervalo de concentrações de 1024 – 32 μg/mL, RHA não foi capaz de inibir o crescimento das cepas bacterianas e fúngicas investigadas. RHA concentra carboidratos, compostos fenólicos e proteínas, com massas moleculares estimadas entre 10 e 24 kDa. Análises proteicas sugerem a expressão de inibidores de proteases e lectinas em RHA. No intervalo de concentrações de 300 – 1 μg/mL, RHA não compromete o desenvolvimento inicial e biomassa de Lactuca sativa; e no intervalo de concentrações de 1000 – 1 μg/mL, RHA não compromete a atividade metabólica de HepG2 (CC50 = 2,68 mg/mL) e 3T3 (CC50 = 5,07 mg/mL). Os promissores efeitos bioinseticida e antioxidante, associados a ausência de eventos de toxicidade contra organismos não-alvo e linhagens celulares, sugerem T. toxicaria como um recurso natural a ser sustentavelmente empregado na obtenção de extratos com amplo uso biológico e farmacológico. |