Representação social de professores da educação infantil de Angicos/RN sobre formação continuada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Almeida, Carlineide Justina da Silva
Orientador(a): Melo, Elda Silva do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21890
Resumo: Os novos paradigmas que se constituem em volta do cenário educacional brasileiro envolvem, dentre outras discussões, reflexões acerca da formação docente. Esse campo tem se revelado um objeto de estudo profícuo no que diz respeito à pesquisa acadêmica e colaborativa, uma vez que encontramos nesse contexto, temáticas específicas e inerentes a ação de suas necessidades formativas, bem como, status social, valorização profissional e identidade docente. Partindo desse pressuposto, essa pesquisa buscou compreender e descrever a representação social dos professores de Educação Infantil-EI de Angicos/RN, acerca da formação continuada, refletindo, sobretudo de que forma essa representação interfere na sua prática educativa, delineando ainda, as motivações que os mesmos encontram para participarem das referidas formações. Contamos com a colaboração de 25 professoras da EI, para a constituição dos dados desta pesquisa. Fundamentamos e amparamos nosso objeto de estudo nos reptos da Teoria da Representação Social- TRS, elaborada por Serge Moscovici (2012). A escolha por essa teoria, se deu pelo fato das possibilidades discursivas que a mesma propõe para compreender a realidade social, considerando o senso comum como ponto primordial para a construção das representações desses sujeitos acerca de um dado objeto. A teoria foi posteriormente aprofundada por outros estudiosos, tais como: Jodelet (2001), Doise (2001) e Abric (2001), que se fizeram necessários a esse trabalho pelo nível de suas reflexões no desenvolvimento de técnicas que atestassem com precisão a constituição de uma RS. Adotamos ainda, as reflexões de Saviani (2009), Freitas (2003), Mizukami (2002), Tardif (2011), Perrenoud (2001), para tratar da formação docente, além das discussões epistemológicas voltadas à Educação Infantil, diante dos postulados de Angoti (2006), Oliveira (2011) e Azevedo (2013). A metodologia abordada contou com os seguintes instrumentos: Técnica de Associação Livre de Palavras – TALP, proposta por Abric (1994), Técnica de Hierarquização de Itens, Vergès (2001), Técnica de Análise de Conteúdo, elaborada por Bardin (2009), Observação e entrevistas semiestruturadas a partir das reflexões de Amado (2009). Os dados nos permitiram identificar que a RS das professoras de EI de Angicos/RN acerca da formação continuada, se estruturam diante de três elementos chaves: Conhecimento, aprendizagem e capacitação. Todavia, percebemos com a observação em lócus que os discursos de algumas docentes não condizem com suas práticas, uma vez que corroboramos com Jodelet (2001), quando afirma que a RS deve ser um guia para a ação. O grupo de professoras encontra-se dividido, pois alguns são conscientes de que seu reconhecimento profissional exige delas uma nova postura, um novo olhar para as práticas educativas realizadas no nível de ensino ao qual estão inseridos. Entretanto, algumas professoras mesmo conscientes de suas atitudes continuam reproduzindo práticas assistencialistas, reafirmando dentro do grupo a representação de que EI é assistencialismo. Portanto, chegamos à conclusão de que, elementos novos integram a representação social das professoras acerca da formação continuada, no entanto, não conseguem se configurar como uma nova RS desse campo em relação à formação docente, porque existem alguns obstáculos simbólicos impedindo a consolidação do discurso dessas docentes na prática.