Alice e Ela: aproximações sob uma perspectiva pós-moderna entre a obra literária Alice no País das Maravilhas (2002) de Lewis Carroll e a obra fílmica Ela (2014) de Spike Jonze

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dantas, Jocylena Bandeira
Orientador(a): Lima, Samuel Anderson de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30819
Resumo: A pós-modernidade emerge no século XX como uma condição social contemporânea inicialmente apontada por François Lyotard na filosofia. Essa condição trouxe rupturas com os pilares sociais e crenças que antes sustentavam a sociedade no período anterior, permeada pela legitimação do saber, avanço científico, individualismo e revolução industrial e tecnológica. Para basear esta discussão foram utilizados Lyotard (1998), Linda Hutcheon (1991), Steven Connor (2004), Terry Eagleton (2006-2016), Gilles Deleuze (2000-2012), Gilles Lipovestky (2005-2014) e Sigmund Bauman (2001), iremos analisar através de método investigativo, de forma qualitativa, como as obras escolhidas para a visitação desta pesquisa representaram ficcionalmente estas características na literatura e no cinema. Nesse contexto, essa pesquisa desenvolve o objetivo de analisar as principais características da estética pós-moderna especificamente na obra Alice no país das maravilhas (2000) de Lewis Carroll e no filme Ela (2014), originalmente Her (2013), de Spike Jonze. Apontadas como Homologias conceituadas por Umberto Eco (2015-2016), as semelhanças estruturais entre cinema e literatura, diante da perspectiva pós-moderna, nas obras do corpus encontrou-se características aproximadoras tais quais o individualismo exacerbado, a crise de identidade, apoiados em Freud, Hall e Bauman; ausência de elementos de religiosidade como visto em Eagleton e, por fim, desterritorialização como rota de fuga, apoiados em Deleuze & Guattari (1997); Augé (1994) conceituando o não-lugar; como trânsito, analisado o deslocamento como rota de fuga para o fantástico no conceito de Todorov (1981) e virtual baseado em Lévy (1996), confirmando aproximações pela ótica da pós-modernidade presentes nos dois componentes do corpus.