Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Alexandre, Juliana Ribeiro |
Orientador(a): |
Valle, Carlos Guilherme Octaviano do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20732
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo compreender de que forma os componentes afetivos envolvidos na relação de transexuais com os documentos constituem modos específicos através dos quais essas pessoas se reconhecem e constroem seus corpos e suas trajetórias, seus projetos de vida e sua relação com os outros. Entendemos que os documentos, sejam os de identificação pessoal sejam os produzidos pelos movimentos sociais, atores jurídicos e da saúde e pelo Estado, são experienciados pelas pessoas trans para além da função administrativa de que são inicialmente pensados, mas também comportam uma série de experiências emocionais que marcam seus processos de subjetivação, na forma como essas pessoas produzem a si mesmas e se projetam no mundo em suas redes de socialidade. Elegemos como campo de pesquisa duas instituições localizadas na cidade de João Pessoa (PB), observando o intenso movimento institucional, político, social em favor dos direitos à transexuais que vem ocorrendo nessa cidade nos últimos anos. Dessa forma, o Centro de Referência dos Direitos dos LGBT e Combate à Homofobia (Espaço LGBT) e o Ambulatório de Saúde de Travestis e Transexuais foram os espaços onde encontramos nossos interlocutores e analisamos suas experiências com os documentos observando dois aspectos centrais: a busca pela alteração de prenome no registro civil e a relação das pessoas trans com os documentos produzidos pelas políticas e serviços de saúde tais como os protocolos, os prontuários, as receitas e os laudos psiquiátricos. Percebemos que, embora haja divergências quanto a percepção que os nossos interlocutores têm sobre a documentação que regulamenta os serviços de saúde, todos relataram experimentar constrangimento nas situações de interação social quando tem quem fazer uso de uma documentação que não está coerente com a performance e “fachada social” que assumem. Além dos relatos de constrangimento, vimos que a argumentação do sofrimento social e do trauma tem embasado as plataformas dos movimentos sociais, das políticas públicas, os processos jurídicos e se convertem em “narrativas de dor”, que apresentam forte potencial micropolítico na demanda por direitos para as “pessoas trans”. |