Entendendo a violência doméstica por múltiplos parceiros com uma amostra brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barreto, Davi Andrade
Orientador(a): Lopes, Fívia de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicobiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55131
Resumo: A violência por parceiro íntimo traz prejuízos para as vítimas e para a sociedade como um todo, e pode atingir tanto homens como mulheres. Uma das questões pouco investigadas na literatura sobre violência doméstica a partir de uma perspectiva evolucionista é a revitimização por múltiplos parceiros, sobretudo no contexto brasileiro. De acordo com tal perspectiva, espera-se que a escolha de parceiros favoreça a sobrevivência e reprodução da prole, elementos que são prejudicados em um relacionamento abusivo, ainda mais quando são recorrentes. Essa pesquisa teve um caráter transversal e exploratório com o objetivo de identificar que características individuais configuram os grupos com esse tipo de revitimização em adultos de ambos os sexos. Foi aplicado um questionário online que continha: questões sobre dados sociodemográficos, experiência de violência por parceiro íntimo, a Escala de Autoestima de Rosenberg, a Experience in Close Relationship Scale - Reduzida e o Questionário sobre Traumas na Infância. Foi encontrado que os grupos que sofreram violência por múltiplos parceiros possuem menor autoestima, elevada pontuação na ansiedade relacionada ao apego, elevada pontuação na evitação relacionada ao apego e mais experiências de violência infantil do que os grupos que sofreram uma ou nenhuma violência doméstica. Esses achados favorecem a perspectiva de que a revitimização é um subproduto de funções adaptativas da mente humana, relacionada à autopercepção de valor no mercado de acasalamento e ao modelo de relacionamento aprendido com os cuidadores.