Variabilidade interanual das trocas de energia e CO2 em uma área remanescente do Bioma Caatinga sob condições extremas de precipitação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marques, Ana Maria Sousa
Orientador(a): Bezerra, Bergson Guedes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CLIMÁTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50861
Resumo: As pesquisas com foco nas trocas de energia, vapor de água e de CO2 sobre o Bioma Caatinga é recente. Por essa razão há lacunas a respeito desse tema que têm limitado nossa capacidade de entender e projetar variações interanuais e de longo prazo do ciclo do CO2 nesse ambiente. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento dos balanços de energia e de CO2 do Bioma Caatinga quando submetido a condições extremas de precipitação (seca extrema e precipitação intensa) utilizando a simulação do modelo SITE (Simple Tropical Ecosystem Model) que foi desenvolvido para estudar a resposta dos ecossistemas tropicais às condições ambientais. Foram utilizados dados meteorológicos dos anos de 2009 (precipitação intensa) e 2012 (seca extrema) de uma estação automática do INMET. Também foram analisadas as relações entre os valores mensais do GPP e NEE com a precipitação. O modelo SITE já fora previamente calibrado para a região, mas para nosso estudo ocorreu a necessidade de alguns ajustes na calibração devido os valores climáticos extremos dos anos escolhidos. Os resultados evidenciam o efeito da precipitação nas trocas de energia e massa sobre a Caatinga, evidenciado mais fortemente no particionamento do balanço de energia e no balanço de CO2. Durante o ano de 2009 (Precipitação intensa) a porção do Rn convertido em LE foi quase 6% superior aos valores observados durante o ano de 2012 (seca extrema). Em relação ao CO2 verificou-se que a Caatinga se comportou como sumidouro, mesmo sob condições de seca extrema (2012), cujos valores médios anuais a -1,86 µmol m-2s-1 (2009) e -0,81 µmol m-2s-1 (2012). Também foram analisadas as relações entre os valores mensais do GPP e NEE com a precipitação. Essas análises revelaram que há relação assintótica entre os referidos componentes do balanço de CO2 e a precipitação. Ficou evidente que tanto os valores mensais de GPP como NEE tendem a se estabilizarem a partir de volumes mensais da precipitação superior a 200 mm.