Projeto terapêutico singular como ferramenta de gestão do cuidado na estratégia saúde da família do RN: desafios e possibilidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Chaves, Rafael Soares
Orientador(a): Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO NORDESTE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22641
Resumo: No Brasil, o uso e o desenvolvimento de instrumentos e tecnologias em saúde para a garantia do acesso à saúde como direito de todos bem como a resolubilidade das diferentes e complexas demandas observadas nos territórios representam ponto-chave para o desenvolvimento do SUS em seus princípios fundamentais nas diferentes regiões brasileiras. O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é, atualmente, uma prática ainda não incorporada na rotina da maioria das equipes de saúde na atenção básica e ainda pouco difundida e desenvolvida, apesar de seu grande potencial na produção de novas realidades, sobretudo no que diz respeito aos casos complexos. Em virtude disso, justificam-se estudos no sentido de lançar luz sobre as realidades das equipes em relação ao uso do PTS como ferramenta de gestão do cuidado em saúde no âmbito da ESF. Nesse sentido, o presente trabalho trata de uma pesquisa qualitativa exploratória a qual buscou investigar como uma equipe da ESF e uma equipe do NASF que a apoia utilizam o PTS no seu território, tendo como objetivos específicos: conhecer os sentidos atribuídos pelos profissionais (das equipes NASF e ESF) às noções de Clínica Ampliada, de Apoio Matricial e de Projeto Terapêutico Singular; identificar como as equipes se comunicam e se vinculam para a construção do PTS e a realização do apoio matricial; e identificar as potencialidades e dificuldades vividas pelas equipes para o uso do PTS como ferramenta de gestão do cuidado. Para tanto, a abordagem metodológica foi desenvolvida através de entrevistas individuais semiestruturadas e Grupos Focais com os profissionais das equipes de um município de pequeno porte do RN. Os dados produzidos pelas entrevistas e pelos Grupos Focais foram organizados e categorizados mediante a análise de conteúdo proposta por Bardin. Os três eixos de análise foram: 1) multiprofissionalidade, corresponsabilidade e resolutividade; 2) concepções de PTS, dificuldades, falta de experiência e desconhecimento sobre PTS; e 3) articulação e planejamento das ações. De modo geral, o estudo apontou a construção de PTS como uma prática pontual, sendo uma ferramenta que pouco compõe o cotidiano das equipes e dos serviços de saúde na atenção básica, apesar de ser reconhecidamente importante para a ampliação das ações e resolutividade dos problemas dos usuários. Além disso, o PTS, mesmo não sendo uma ferramenta de uso cotidiano, é desconhecido por muitos e as equipes são carentes de experiências que potencializem o seu uso de forma sistemática e compartilhada nos espaços de produção do cuidado em saúde. Desse modo, coloca-se como importante que ações de qualificação da atenção sejam desenvolvidas junto às equipes para o uso do PTS entre outras ferramentas para gestão do cuidado de forma integral e compartilhada.