Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lima, Miguel Júnior Zacarias |
Orientador(a): |
Barbosa Júnior, Walter Pinheiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55116
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Resumo: |
Defendemos neste trabalho que o diálogo e a compreensão são fundamentos educativos que possibilitam a transformação da consciência de si e sobre o mundo. Chegamos a essa tese,assumindo como nosso a-se-pensar o diálogo e a compreensão, enquanto fundamentos educativos de transformação da consciência sobre o mundo. Na jornada-pesquisa, mobilizamos nossas reflexões a partir da pergunta: Como o diálogo e a compreensão podem ser pensados enquanto fundamentos educativos de transformação da consciência sobre si e o mundo? No esteio dessa questão, e partindo de uma metodologia hermenêutica de interpretar quando vivenciamos e compreender quando relacionamos, nos debruçamos paciente, rigorosa e inventivamente sobre a produção de interlocutores como Hans-Georg Gadamer e Paulo Freire enquanto expoentes reflexivos para pensarmos as concepções de diálogo e compreensão. Guimarães Rosa, Ailton Krenak e Davi Kopenawer abriram nossos horizontes para o movimento decolonial. E, ampliamos e aprofundamos nossa consciência de pesquisador apropriando-se dos pilares de Sertania: vastidão, itinerância e antropofagia. Os interlocutores e Sertania enquanto abordagem nos possibilitaram entender que, o diálogo e a compreensão são formas de transformar a consciência de si e sobre o mundo vivido, porque abrem espaços para a expressão e participação de todos, permitindo que diferentes vozes sejam ouvidas e valorizadas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e democrática, modificando as relações de dominação e opressão sociais. Além disso, Krenak e Kopenawer nos fizeram retomar uma cosmovisão, que implicou na valorização dos conhecimentos tradicionais, na preservação das línguas e culturas ancestrais, na garantia dos direitos territoriais e na participação ativa de diferentes povos na tomada de decisões que afetam suas vidas. Assim, concluímos nossos estudos tomados pela sensação de que O ‘viver bem’ implica em romper com o modelo de desenvolvimento baseado no consumo desenfreado, na exploração dos recursos naturais e na busca incessante pelo lucro. É preciso adotar uma abordagem mais holística e integrada, reconhecendo a interdependência entre todos os seres e buscando formas de viver em harmonia com a natureza. |