Sob as águas turvas do entendimento: Hegel e as dinâmicas entre saber e verdade na dialética da consciência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Almeida, Mariana Cavichioli Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-23052023-130815/
Resumo: Esta pesquisa investiga as dinâmicas entre saber e verdade nos três capítulos iniciais A certeza sensível, A percepção e Força e entendimento, que compõem a primeira parte da Fenomenologia do Espírito. Em cada um desses capítulos, Hegel desenvolve uma figura da consciência, levando em conta a forma que a consciência assume na relação dialética com seu objeto e, ainda, tendo em vista as diversas modalidades de saber e suas tensões internas que possibilitam a transição à próxima figura. Iniciamos essa pesquisa com uma análise da filosofia cartesiana, uma vez que a certeza do cogito é considerada um marco para a filosofia moderna na relação entre o saber subjetivo e sua primeira evidência. Veremos que, em Descartes, as representações intelectuais precedem às sensíveis e a ideia de Deus consiste em uma certeza que se liga ao exterior por aquilo que Hegel, em sua leitura crítica desse filósofo, tomará como uma representação do universal. Como uma transição para filosofia hegeliana, pretendemos abordar as diferentes certezas em alguns filósofos específicos, agora em um viés mais comparativo que trata das cisões e identidade entre o sujeito e o objeto nas filosofias de Kant, Fichte e Schelling. Nossa investigação parte da constatação de que a certeza é o elemento no qual o saber da consciência e a verdade coincidem e que a figura do entendimento é palco de dinâmicas a partir das quais Hegel busca, nessa primeira parte da Fenomenologia, dar um destino que lhe é próprio para questões relacionadas à interação entre determinações sensíveis e determinações de pensamento no percurso da consciência questões importantes na definição das relações entre saber e verdade que antecedem o surgimento daquilo que Hegel nomeia como conceito