Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Carlos, Camila Ursulla Batista |
Orientador(a): |
Melo, José Pereira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57388
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Resumo: |
A natação é uma prática pouco experimentada nas aulas de Educação Física escolar, muitas vezes aprendida e praticada em outros espaços educacionais como escolinhas esportivas ou em clubes, sob orientação profissional ou na partilha leiga dos conhecimentos que envolvem o nadar em piscinas ou águas abertas. Na praia de Ponta Negra, em Natal/RN, as diferentes natações percebidas incitaram olhares de investigação no cenário pandêmico e a partir da experiência pessoal de uma pesquisadora-nadadora. O objetivo geral da pesquisa foi analisar a educação do corpo, a partir do nado no mar, relacionando-a com o pensamento de Michel Serres. Para tanto, foram traçados os seguintes objetivos específicos: Identificar as relações do corpo com o nado no mar; discutir os conhecimentos que norteiam o nado no mar, em especial sua contribuição para a educação do corpo. A metodologia utilizada foi pautada nos pressupostos da autoetnografia. O diário de campo foi o principal aliado nesse processo de registro, alimentado todos dos dias em que nadei e observei o movimento que envolvia a paisagem da pesquisa, nadar foi uma escolha e se tornou basilar para tentar compreender o fenômeno investigado. As idas à praia de Ponta Negra foram constantes de novembro de 2020 até dezembro de 2021, totalizando 143 dias in loco e de natação. Narrativas sobre minhas experiências e sobre o (s) outro(s) foram se acumulando nesse diário de campo que se ocupava da natação existente na praia (cotidiano e eventos), as características do lugar (elementos da geografia, ocupação do espaço) e a interação das pessoas (frequentadores, praticantes, trabalhadores), além da dimensão pessoal do sentir que envolvia o nadar e observar em distintas circunstâncias. A captura e o acesso de imagens também foram utilizados para delinear perfis de natações ao emergir práticas, conhecimentos e arranjos. A partir dos resultados encontrados a tese se afirma, no contexto elencado: Nadar no mar é uma educação do corpo que se funda nas relações que envolvem a natureza, o acesso à cidade, às parcerias, constituindo-se um estilo de vida. Aprender a nadar no mar implicou aprender a me relacionar com diferentes grupos e intencionalidades desse nadar (utilitária; recreativa/contemplativa; competitiva), ajudando a perceber que a prática corporal oportuniza a contemplação da paisagem e reflexões sobre a cidade, além da latente possibilidade de encontro, esperados ou não, num exercício de conviver e compartilhar que tendem a ser incorporados como um estilo de vida. |