Tropas pagas e ordenanças: perfil social dos militares da capitania do Rio Grande (séculos XVII-XIX)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Araújo, Maiara Silva
Orientador(a): Macedo, Helder Alexandre Medeiros de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28154
Resumo: Examina o ingresso de sujeitos mestiços na administração militar da Capitania do Rio Grande, com ênfase naqueles que residiram na Ribeira do Seridó, sertões da Capitania do Rio Grande, entre os séculos XVII, XVIII e XIX. Para tanto, discute, também, o perfil quantitativo dos colonos que ingressaram na administração militar do Rio Grande para, assim, entender qual foi o lugar ocupado pelo colono mestiço na administração militar desse espaço em relação aos demais que eram de qualidade branca, indígena e negra. Em consonância com isso, investiga o processo de institucionalização da administração militar na Capitania do Rio Grande e salienta as dificuldades presentes no serviço militar regular desse território colonial. A presente análise envolve, também, o papel da instituição militar no processo de territorialização da Ribeira do Seridó, que teve como primeiro marco territorial e institucional, em meio ao processo de interiorização da atuação lusitana na América, uma estrutura de caráter militar: a Casa Forte do Cuó, edificada entre os anos de 1686 e 1687, salientando, desse modo, a relação existente entre esta instituição administrativa e o processo de construção de territórios coloniais no contexto em análise. Metodologicamente, tomou como base o intercurso de escalas, discutido pelo historiador francês Jacques Revel, onde o macro (Capitania do Rio Grande) e o micro (Ribeira do Seridó) espaços se encontram no intento de abordar o papel da administração militar no processo de territorialização da Ribeira do Seridó, bem como da composição social dos corpos militares existentes na Capitania do Rio Grande. Em termos documentais, tem como fundamento fontes militares (assentamentos de praça), paroquiais (registros de batismo, matrimônio e óbito) e judiciais (inventários post-mortem e cartas de alforrias) referentes ao recorte espaço-temporal citado e que são examinadas através de um cruzamento de dados e das metodologias quantitativa, serial e qualitativa. O trabalho possibilita preencher lacunas historiográficas no que concerne à existência de pesquisas que discutam a administração militar na Ribeira do Seridó e na própria Capitania do Rio Grande, tendo como foco a atuação de sujeitos mestiços nesse âmbito da administração colonial.