Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Daisy Clecia Vasconcelos da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19901
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Resumo: |
A necessidade de ver os sujeitos da Educação de Jovens e Adultos – EJA para além de seus fracassos escolares torna-se imprescindível para uma reconfiguração desta modalidade de ensino. Portanto, o compromisso desta pesquisa é adentrar no universo desses sujeitos, dar-lhes voz e, com isso, compreender a teia de relações que se dá entre esses sujeitos e a escola de uma maneira geral. Entende-se não ser possível compreender os significados atribuídos pelos sujeitos sem considerar, como elemento primordial, o contexto social no qual esses significados são construídos. Para o desenvolvimento deste estudo foi adotada como metodologia a pesquisa etnográfica. Os procedimentos utilizados para a construção dos dados foram observação participante, entrevistas semiestruturadas com grupo focal e entrevistas semiestruturadas individuais. Para a compreensão dos dados construídos no campo, foi utilizada a técnica da análise de conteúdo, que atende às expectativas de uma análise interpretativa. As observações ocorreram principalmente dentro das salas de aula de uma escola municipal, situada na cidade do Natal/RN. As entrevistas individuais foram realizadas com uma amostra de oito alunos, homens e mulheres, com faixa etária entre 25 e 60 anos. As entrevistas evidenciaram que para o jovem e para o adulto, a escola é muito mais do que o lugar onde se aprendem conteúdos. Eles percebem este espaço como propiciador de interação social, e como a possibilidade de galgar novos horizontes profissionais e, dessa forma, alcançar uma ascensão social. Para os alunos mais velhos, em especial às mulheres, esta volta aos bancos escolares traz embutida no discurso da aprendizagem, o desejo de fazer novos amigos, de ter momentos de encontros, conversas e descontração, enfim, de esquecer os problemas do dia-a-dia. A observação do cotidiano escolar permite melhor entender a ação destes sujeitos em relação às práticas escolares. Por fim, afirma-se que a busca pela escola não se dá apenas para recuperar o tempo perdido na infância. Aprender acaba por ser secundário. Não importa se ficarão retidos ou serão promovidos para o nível seguinte, o importante é estar na escola. |