Residência médica: fatores emocionais e Síndrome de Burnout

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Ângela Gonçalves
Orientador(a): Moreira, Simone da Nóbrega Tomaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO NA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33068
Resumo: A residência médica é uma modalidade de pós-graduação, que visa oferecer ao residente um treinamento em serviço, com alto grau de exigência e elevada carga horária. Esse contexto pode comprometer o bem-estar do residente, provocando sofrimento psíquico e até adoecimento mental. Diante disso, esse trabalho se propôs a estimar a prevalência do estresse, depressão e síndrome de Burnout (SB) entre residentes e preceptores do serviço de Clínica Médica do Hospital Universitário Onofre Lopes. Realizou-se um estudo quantitativo, epidemiológico do tipo transversal. Participaram do estudo, médicos residentes do primeiro e segundo anos inscritos no programa de Clínica Médica do Hospital Universitário Onofre Lopes e preceptores deste serviço. Este estudo foi aprovado pelo Comitê̂ de Ética em Pesquisa da UFRN (Parecer nº 3.558.898) e todos os voluntários assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), após serem informados sobre os objetivos da pesquisa. Para coleta de dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: Ficha de identificação, Inventário de Sintomas de Estresse de Lipp (ISSL), Inventário de Depressão de Beck e o Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey. Em relação aos participantes, 13 (25%), eram residentes do 1º ano de Clínica Médica, 15 (28,8%) do 2º ano e 24 (46,2%) preceptores do programa de Clínica Médica totalizando 52 médicos. De acordo com o ISSL, 29 participantes (55,7%), tinham estresse, com predominância nos residentes do 2º ano, 12 (41,4%). A maioria dos médicos com estresse estava na fase de resistência: 28 participantes (53,8%), com predominância de sintomas psicológicos em 19 (36,5%) médicos. Os sintomas de depressão estavam presentes em 7 (13,5%) dos participantes sendo mais prevalentes também nos residentes do 2ºano: 4 (57,1%). Do grupo pesquisado, 3 (5,8%) apresentaram a Síndrome de Burnout e todos eram médicos residentes do 2º ano. Assim, faz-se necessário refletir sobre saúde mental no contexto das residências médicas, de modo a contribuir para o desenvolvimento de estratégias positivas de enfrentamento do estresse, favorecendo o autocuidado e a prevenção de sintomatologias psicológicas.