Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Galvão, Liana Letícia Paulino |
Orientador(a): |
Maciel, Bruna Leal Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58006
|
Resumo: |
A qualidade da dieta desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Uma alimentação saudável está associada a benefícios como a redução do risco de doenças crônicas, e leva em consideração os diferentes contextos culturais e de estilo de vida, necessidades individuais, e condições de saúde física e mental. Ao entrarem na universidade, os universitários iniciando a vida adulta enfrentam diversas transformações que afetam seu estilo de vida. Com isso, o estresse associado a esse período pode influenciar na adoção de hábitos de vida nem sempre adequados, onde uma das mudanças mais significativas ocorre na qualidade da alimentação. Ainda, durante o período pandêmico da COVID-19 e as alterações no estilo de vida dos estudantes com a transição para o ensino remoto e o distanciamento social, podem ter causado alterações nos hábitos alimentares dos estudantes. Assim, avaliar a qualidade da dieta representa uma estratégia importante para obter informações que podem embasar a formulação de políticas de saúde pública, especialmente em um contexto de emergência em saúde, uma vez que possibilita a análise dos diversos elementos que compõem os padrões alimentares dos indivíduos. Dessa forma, este estudo teve como objetivo avaliar a associação entre a qualidade da dieta dos estudantes universitários de instituições públicas com as características sociodemográficas, mudanças autorreferidas no peso, insegurança alimentar, duração do sono e estresse percebido no contexto da pandemia de COVID-19. Foi realizado um estudo descritivo, observacional e transversal, com dados coletados entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021, através de um formulário online, com alunos de graduação de cinco universidades públicas brasileiras, englobando as cinco regiões do Brasil. O questionário incluiu variáveis socioeconômicas (incluindo raça, renda familiar e mudança de renda durante a pandemia) e ferramentas validadas (Escala de Qualidade da Dieta, Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, Escala de Estresse Percebido) e a duração do sono, totalizando 108 questões. Para a análise de dados foi realizada o teste do Quiquadrado ou o teste de Kruskal-Wallis, e após isso foi realizada uma regressão logística, para medir a associação entre as variáveis. Participaram da pesquisa 4732 estudantes, com idade mediana de 22 anos, sendo 66,1% do sexo feminino; 37,8% dos estudantes se enquadravam em algum grau de insegurança alimentar, e 74,3% apresentavam uma percepção do estresse elevado. Quanto a qualidade da dieta, 51,9% dos estudantes tinham uma boa qualidade da dieta, contudo 8,6% e 1,3% dos estudantes apresentavam uma qualidade da dieta ruim ou muito ruim, respectivamente. Por fim, foi possível perceber uma associação da qualidade da dieta ruim ou muito ruim com o aumento de peso durante a pandemia AOR = 1,56 (95% CI = 1,12 – 2,20) e o estresse percebido moderado e elevado AOR = 2,85 (95% CI = 1,71 – 4,74) dos universitários. O estudo resultou no artigo publicado no periódico “Frontiers in Nutrition” intitulado “Diet quality and associated factors in Brazilian undergraduates during the COVID-19 pandemic”. |