Fenótipo de pré-fragilidade, rigidez arterial e pressão arterial em idosos: um estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Macêdo, Geovani de Araújo Dantas de
Orientador(a): Costa, Eduardo Caldas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/43736
Resumo: Introdução: o fenótipo de pré-fragilidade é associado com maior risco para doenças cardiovasculares (DCV) entre idosos. Não são claros os fatores que poderiam explicar a associação entre pré-fragilidade e DCV. Entretanto, a rigidez arterial e a pressão arterial (PA) são fortes preditores de DCV. Objetivo: investigar a associação entre fenótipo de pré-fragilidade, rigidez arterial e pressão arterial em idosos sem diagnóstico de DCV residentes na comunidade. Métodos: esse estudo transversal incluiu 249 idosos entre 60-80 anos. O fenótipo de pré-fragilidade foi definido pelo critério padronizado de Fried (fraqueza muscular; lentidão de marcha; baixo nível de atividade física; perda de peso não intencional; exaustão física auto-reportada). Participantes com um ou dois critérios padronizados de Fried foram classificados como pré-frágeis e aqueles com zero critério como robustos. A fraqueza muscular foi definida pelo menor quintil da força de preensão manual estratificado por sexo e índice de massa corporal, a lentidão de marcha foi pelo menor quintil do tempo de caminhada/4,6m estratificado por sexo e estatura e a baixa atividade física foi definida menor quintil dos equivalentes metabólicos/semana estratificado por sexo. A exaustão e a perda de peso não intencional seguiram os critérios originais de Fried. Rigidez arterial foi mensurada pela velocidade de onda de pulso aórtico (VOPa). Um modelo linear generalizado foi utilizado nas análises. Resultados: dos 249 participantes (79,5% mulheres), 61,8% (n = 154) foram pré-frágeis (65,9 ± 5,4 anos de idade), 38,2% (n = 95) robustos (66,5 ± 5,3 anos de idade) e 8,7% (n = 24) frágeis (65,2 ± 5,2 anos de idade). Idosos pré-frágeis apresentaram maior VOPa (β = 0,19 m/s; p = 0,007) comparado com seus pares robustos. Além disso, os idosos pré-frágeis apresentaram maior PA sistólica central (β = 4,8 mmHg, p = 0,021) e pressão de pulso (PP) central (β = 2,9 mmHg, p = 0,014), PA sistólica braquial (β = 5,3 mmHg, p = 0,017), PA média braquial (β = 3,1 mmHg, p = 0,046) e PP braquial (β = 3,3 mmHg, p = 0,017) comparado com idosos robustos. Conclusão: o fenótipo de pré-fragilidade foi associado com maior rigidez arterial em idosos sem diagnóstico de DCV residentes na comunidade. A rigidez arterial e PA aumentadas poderiam explicar parcialmente a associação entre pré-fragilidade e DCV em idosos.