O exercício da gestão universitária: as representações sociais de professores sobre suas práticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Bruno Leonardo Bezerra da
Orientador(a): Andrade, Erika dos Reis Gusmão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54881
Resumo: A presente pesquisa tem por objeto as representações sociais do professor/gestor sobre o exercício de atividades de gestão universitária. Tal exercício não é atrativo e pode representar um fator que dificulta o desenvolvimento na carreira docente nas dimensões do ensino, da pesquisa e da extensão. Existem fragilidade e escassez de diretrizes e problematizações no tocante ao perfil, a seleção, as condições e organização do trabalho, a formação e a sucessão dos docentes que exercem a gestão. Esse contexto vislumbrou as seguintes questões: O que motiva o professor a querer (ou não querer) ocupar uma função de gestão na universidade? O que é necessário saber para ser gestor universitário? Como aprendem e como exercem o trabalho na gestão? Como conciliam atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão? Como são as trajetórias profissionais desses professores/gestores? Tais problemáticas e contextos justificaram e mobilizaram a realização da investigação em tela que teve como objetivo identificar, analisar e problematizar essas representações sociais a partir da análise do trabalho docente, da interação entre prescrições formais e informais, identificando como são constituídos, apreendidos e socialmente partilhados esses elementos presentes no trabalho do professor/gestor no contexto das IFES. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa com 06 chefes de departamento da UFRN no período de 2017 a 2019, fundamentada na Teoria das Representações Sociais com suporte da Clínica da Atividade e da Análise de Conteúdo, foram realizadas pesquisa documental e bibliográfica, entrevistas semiestruturadas e aplicação da técnica da Instrução ao Sósia. Após análise dos dados recolhidos à luz da matriz teórica e conceitual adotada foram obtidos resultados que foram organizados em duas categorias: gestão precarizada e trabalho bem-feito. Na gestão precarizada ficou evidenciado que o trabalho do professor na gestão universitária é algo alheio, estranho, perturbador e, sobretudo, não-pertencente à docência; é exercido com lacunas formativas que causam insegurança profissional e, sobretudo, intensifica o processo de precarização do trabalho docente nas universidades federais. Por outro lado, na categoria trabalho bem-feito foram constadas a possibilidade de ampliação do poder de agir desses professores, a capacidade criativa e satisfação em construir e aprender coletivamente. Contudo, vislumbra-se a necessidade de aperfeiçoamentos dos Processos formativos e das condições laborais dos professores/gestores.