Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Nathali Gomes da |
Orientador(a): |
AGUIAR, Maria da Conceição Carrilho de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49512
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Resumo: |
A presente pesquisa objetivou compreender as representações sociais de prática docente que orientam a formação de estudantes em cursos de graduação em matemática, bem como os sentidos partilhados por professores acerca dessa prática no referido curso. Para tanto, tomou como base referencial em Docência Universitária os estudos de Zabalza (2004) e Cunha (2009). A Prática Docente no contexto da Universidade, com Freire (2018), Souza (2009), Cordeiro (2008). Aranha (1993), Becker (2012), Selbach (2010), sobre Ciências Exatas e o campo da Matemática. Como aporte teórico-metodológico, a Teoria das Representações Sociais à luz de Moscovici (1978), com a abordagem processual de Jodelet (2005). Optamos pela abordagem qualitativa por direcionar o olhar do pesquisador para as interações e significados que os sujeitos atribuem às realidades sociais, suas histórias, crenças e valores (MINAYO, 2007). A UFPE constituiu-se como campo de investigação, nos Centros que ofertam cursos de Bacharelado e Licenciatura em Matemática. Participaram 11 professores universitários; 06 do Campus Agreste e 05 do Campus Recife. A coleta dos dados ocorreu por meio de análise dos Projetos Pedagógicos dos cursos e realização de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram tratados com base na técnica de Análise de Conteúdo de Bardin (2004). Os resultados da pesquisa apontaram que as representações sociais de prática docente, elaboradas por esses professores universitários, estão ancoradas e objetivadas no saber matemático como saber sólido; universal; histórico; consolidado; responsável pelos avanços tecnológicos das civilizações e na resolução dos atuais problemas sociais; destinado a um grupo com características específicas para “desbravar” e “aprofundar” esses saberes. Essas constituem o núcleo dessas representações. Entretanto, estão permeadas por nuances de ressignificação das representações sociais. Estas associam a prática docente e o saber matemático, as realidades sociais em que os estudantes estão inseridos, à escuta dos estudantes, à reflexão e ressignificação das práticas. A construção dessas representações não está concentrada na figura do professor universitário, como um único responsável pelas “práticas engessadas”, mas trata-se de um conjunto representacional que “impõe” o perfil, que este professor precisa construir, transmitir ou até requerer, onde estiver inserido. Não é fácil romper a lógica vigente com relação à prática docente em matemática ou com relação ao ensino de matemática. Faz-se necessária uma mudança paradigmática, iniciada em ações de formação didático-pedagógica dentro da universidade, trabalhando junto aos professores universitários, para repensar as práticas pedagógicas e docentes, o processo de ensino aprendizagem, a avaliação. Acreditamos que, a partir dessa transformação, é possível pensar em práticas ressignificadas na educação básica e em setores da sociedade. Cabe ao professor universitário fazer essa reflexão e se perceber como sujeito transformador desse processo. |