Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luiz Felipe da |
Orientador(a): |
Cabral, Breno Guilherme de Araújo Tinoco |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49515
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Resumo: |
Os testes de contrarrelógio de 2.000-m e 6.000-m são os mais utilizados no remo olímpico, e buscam estimar principalmente a aptidão aeróbica de um remador. Entretanto, jovens atletas executam os testes muitas vezes sem um parâmetro prévio, como ritmo de corrida, parciais previamente planejadas e potência aplicada, o que contribui para uma avaliação sem estratégia prévia, podendo comprometer o resultado final. Sendo assim, se faz necessário uma previsão do desempenho para treinadores e atletas criarem estratégias de execução do real teste. Diante do exposto, objetivo do presente estudo foi desenvolver modelos matemáticos com capacidade de predizer o desempenho da prova de 2.000-m e 6.000-m a partir de estímulos máximos de 100-m e 500-m respectivamente, realizados por jovens remadores em ergômetro indoor rowing (EIR). O estudo foi do tipo transversal com amostra composta por 12 atletas de remo do sexo masculino com idade entre 14 a 16 anos da categoria Juniors. Em uma segunda etapa, foi realizada uma validação cruzada com dados de 129 sujeitos que competiram nas etapas nacionais para estimar o desempenho de 6.000-m. Foram incluídos dados de 129 sujeitos, totalizando uma amostra de 141 remadores. Em seguida, numeramos os sujeitos no banco de dados (de 1 a 141) e randomizamos a amostra nos grupos de desenvolvimento (~70%) e validação cruzada (~30%) do modelo matemático por meio de uma ferramenta online. Os marcadores de maturação somática foram analisados por parâmetros antropométricos e a morfologia foi verificada por absorciometria de emissão de raios x de dupla energia (DXA) para caracterização da amostra. Após um repouso de 24h iniciaram os testes específicos da modalidade. No primeiro dia de teste especifico, os atletas realizaram um contrarrelógio de 100-m e após um intervalo de 30 minutos os atletas realizaram um contrarrelógio de 500-m. Posteriormente, foi dado um wash-out de 24h, em seguida foi realizado um contrarrelógio de 2.000-m. Em seguida, outro washout de 24h foi dado e em seguida foi realizado um contrarrelógio de 6.000-m. Todos os testes de contrarrelógios, foram realizados em um ergômetro do tipo remo indoor. O modelo matemático para prevê o desempenho de 2.000-m a partir do estimulo máximo de 100-m apontou correlação (r = 0.734; p= 0.006), índice de confiabilidade (ICC: 0.753; p=0.001) e limites de concordância significantes (Bland-Altman Agreement: -2; +2; IC 95% [-4] - [+4]). O modelo matemático para estimar o desempenho 6.000-m, apontou correlação (r=0.840; β = 13.6; p= 0.001), confiabilidade (CCI= 0.747; p=0.005), coeficiente de Correlação de Concordância (CCC= 0.888; p=0.005). As análises de concordância realizadas pelo gráfico de Bland-Altman apontam para uma concordância adequada entre o modelo matemático desenvolvido pelo presente estudo e o remo indoor (IC 95% -2,7; 2,7). Resultados semelhantes foram observados para o grupo de validação cruzada do modelo matemático (IC 95% -4,0; 3,5). Além disso, não houve vieses significativos no escore de propensão para nenhum dos grupos (r²<0,03; p>0,05). Conclui-se que a predição do desempenho de 2.000-m e 6.000-m, a partir de modelos matemáticos que utilizam o desempenho de 100-m e 500-m respectivamente, mostra-se confiável, eficaz e significativo estatisticamente. |