Interferência no padrão de sono no desempenho atlético e cognitivo de equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barbosa, Ângela Perrone
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-21112023-174843/
Resumo: Em humanos sabe-se que o período de repouso adequado é fundamental. Em equinos, entretanto, existem poucos estudos de como a falta de sono REM (Rapid Eye Moviment) pode interferir no desempenho atlético e cognitivo. O objetivo do estudo foi caracterizar como a interferência no sono REM por três dias consecutivos, 72 horas, altera desempenho atlético e cognitivo. Para tanto, 10 equinos participaram em experimento crossover em dois momentos distintos: sem privação de sono (controle) e com privação de sono, que foi obtida ao abster o animal de se deitar e consequentemente impedir que ele atinja o sono REM. Os animais foram filmados previamente por 48 horas para caracterizar o padrão de sono, e nas 72 horas dos momentos do experimento. Além disso, foi realizado leitura facial das expressões duas vezes ao dia, coleta de saliva para análise de cortisol salivar uma vez ao dia, bem como a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) através de um frequencímetro uma vez ao dia e depois da prova teste. Para o desempenho atlético, os cavalos participaram de uma prova teste, com presença de juízes e questionário para os cavaleiros. Para a avaliação cognitiva, foram feitos testes de atenção visual e de memória, bem como um teste de aproximação. Os dados obtidos foram analisados primeiro conforme a normalidade, depois caracterizados como duas variáveis dependentes (controle e com interferência no padrão de sono). A leitura da expressão facial não demonstrou sensibilidade para detectar alterações relacionadas a desconforto pela privação de sono. O cortisol salivar apresentou valores abaixo dos presentes na literatura e sem diferença entre os grupos. A VFC não demonstrou alteração entre os grupos. As notas divergentes entre os juízes na prova teste mostram falta de confiabilidade. O teste de memória mostrou tendência no delta dos animais privados de sono REM demorarem mais para completá-lo. Como conclusão, supõe-se que a interferência no padrão de sono, impedindo o sono REM por 72 horas, não deixa evidências acentuadas na população equina estudada, entretanto, mais estudos são necessários para caracterizar melhor como a privação pode interferir no desempenho atlético e cognitivo.