Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Katyuscia Maria da |
Orientador(a): |
Alves, Jefferson Fernandes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29176
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Resumo: |
A escola que pretende ser inclusiva tem como um de seus grandes desafios respeitar as diferenças de seus alunos, o que pressupõe a eliminação dos interditos socialmente construídos. Nesse cenário, a audiodescrição emerge como uma tecnologia assistiva, voltada para a garantia de acesso às imagens por alunos com deficiência visual. Assim, o objeto de estudo desta pesquisa está no âmbito da audiodescrição na formação de professores, tendo como objetivo geral investigar os impactos de uma formação em audiodescrição nas práticas docentes para o desenvolvimento de atividades pedagógicas que possibilitem aos alunos com deficiência visual o acesso às imagens. Considerando a interface entre o Atendimento Educacional Especializado e a prática docente em sala de aula comum, tomamos como referência uma abordagem multissensorial e colaborativa da audiodescrição. Metodologicamente, este estudo tem sua base na abordagem qualitativa, consistindo em uma pesquisa-intervenção pautada nos pressupostos bakhtinianos. O campo de investigação foi uma escola da rede municipal de ensino de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, tendo como participantes 29 professores(as) e 04 estagiários(as) que atuavam no turno da manhã. A pesquisa envolveu três etapas: 1. oficinas pedagógicas; 2. observação da prática docente; e 3. planejamento e mediação docente. Em função dos limites e do escopo assumido neste trabalho, partimos de um universo maior de professores participando das oficinas pedagógicas de formação em audiodescrição, mas, para a viabilidade do estudo, verticalizamos para a observação e análise da prática de uma única professora que lecionava Língua Portuguesa. Para a construção dos dados, inspirados nas entrevistas coletivas, realizamos rodas de conversas com os participantes e entrevistas individuais com a professora de Língua Portuguesa. Ademais, utilizamos o procedimento de observação da prática dessa professora, com registros no diário de campo, e um questionário de caracterização dos professores. Todas as etapas foram registradas por meio de gravação em áudio, videogravação e fotografias. Como resultados, constatamos que a formação em audiodescrição provocou impactos nas concepções e nas práticas dos professores e, em específico, da professora de Língua Portuguesa. Nesse sentido, ela passou a contemplar a audiodescrição em sua prática, abordada sob a ótica de um uso multissensorial e colaborativo, evidenciando a concepção de que os alunos com deficiência visual, em sua subjetividade, aprendem com todo o corpo e, nesse processo, também os alunos que não têm deficiência visual podem ser beneficiados. A pesquisa também revelou dificuldades e desafios subjacentes à prática docente na esfera escolar, indicando que a formação por si só não é suficiente para o agenciamento da audiodescrição pelos professores. É preciso assegurar, ainda, condições de realização do trabalho docente, construindo espaços de planejamento e reflexão sobre a prática, a fim de efetivar a articulação entre os professores do Atendimento Educacional Especializado e da sala de aula comum, tendo em vista que, no processo formativo, sendo a escola um espaço de formação, “a gente vai aprendendo com o outro”. |