Entre labirintos de percepções e conhecimentos sobre deficiência visual: marcas nas práticas pedagógicas de docentes da educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Erlane Cristhynne Felipe dos
Orientador(a): Silva, Luzia Guacira dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25978
Resumo: A inserção de crianças com deficiência visual na escola pública tem sido um desafio cotidiano aos professores, diante das especificidades de aprendizagem que apresentam. Na Educação Infantil é comum ouvir dos professores, no cotidiano escolar, da inexistência de aparatos voltados para subsidiá-los em ações didático-pedagógicas, que garantam o direito da criança com deficiência visual não só ao acesso, mas também a permanência e a qualidade da educação formal que irá receber no contexto escolar. Tomando ciência desse aspecto e da importância da ocorrência de uma mediação qualitativa dos docentes no processo de ensino e aprendizagem de crianças com deficiência visual, é que decidimos enveredar no campo da pesquisa com o objetivo de analisar as concepções e os conhecimentos de professores da Educação Infantil sobre inclusão escolar, deficiência visual – baixa visão e suas implicações nas práticas pedagógicas. A pesquisa é de abordagem qualitativa do tipo Exploratória BOGDAN e BIKLEN, 1994; CHIZZOTTI 2010), aplicada sob o método de Estudo de Caso. (YIN, 2005; GIL, 2008). Para a coleta de dados aplicamos entrevista semiestruturada e observação não participante em sala de aula. O lócus da investigação foi um Centro Municipal de Educação Infantil – CMEI, do município de Natal/RN. Procedemos com os dados de acordo com a Análise de Conteúdo de Bardin (2011), e fundamentados na literatura que subsidia a discussão do texto dissertativo. Considera-se, entre outros aspectos, que: a falta de material condizente com a capacidade visual da criança com baixa visão e a falta de qualificação profissional na área da inclusão escolar são as maiores queixas dos participantes da pesquisa; a falta de conhecimentos específicos e concepções arraigadas em torno da pessoa com deficiência - como pobre coitado, incapaz de aprender -, assim como da deficiência visual – um mal -, marcam muitas das práticas observadas com atitudes de desconsideração e obscurantismo, deixando a criança com baixa visão à mercê de si mesma; o discurso politicamente correto está carregado de incertezas e de ações contraditórias; a percepção sobre o processo de inclusão de pessoas com deficiência na escola campo de pesquisa é vista superficialmente, como algo que está no nível do acolhimento e do reconhecimento de que lugar de criança é na escola.