Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Paula França da |
Orientador(a): |
Porto, Rozeli Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57195
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Resumo: |
Esta pesquisa objetivou evidenciar os desdobramentos das denúncias de assédio sexual para mulheres servidoras e estudantes da UFRN. Nesse contexto, realizamos observação participante virtual nas plenárias promovidas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e em discussões acerca do tema nas redes sociais Twitter e Instagram. Também realizamos entrevistas semiestruturadas (via Google Meet) com duas servidoras da universidade, sendo: i) a primeira, vítima-denunciante; ii) a segunda, atuante no acolhimento e orientações às vítimas, além de; iii) uma integrante do DCE. A partir dos dados coletados, assim como da literatura (assédio sexual no âmbito legal e universitário, como violência e questões de gênero), verificamos que a UFRN não garante o acolhimento ou orientação às vítimas, arquivando denúncias ou dando continuidade ao processo sem punir os assediadores. Nesse sentido, há iniciativas estudantis, como as ações do DCE (plenárias de mulheres, carta ao reitor, atos de mobilização presenciais, notas de repúdio) e também de servidoras, que atuam no suporte às vítimas. Por fim, observamos que o processo de elaboração e circulação dos rumores desestimula as vítimas a denunciarem formalmente (ainda que isso ocorra nas iniciativas anteriores, de maneira informal), por medo das possíveis consequências negativas que venham a sofrer. Assim, concluímos que o assédio sexual é pautado, em sua maioria, por mulheres (que compõem a maior parte das vítimas), demonstrando que talvez exista um cooperativismo entre homens que cometem este assédio. Quanto ao posicionamento da UFRN, somente após as denúncias informais nas redes sociais, a instituição decidiu realizar uma consulta pública (em setembro de 2022) para identificar casos de assédio sexual e violências de gênero sofridas dentro da universidade. |