Incidência e fatores de risco relacionados a quedas em uma coorte de idosos institucionalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferreira, Lidiane Maria de Brito Macedo
Orientador(a): Lima, Kenio Costa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21840
Resumo: A queda é uma síndrome geriátrica associada à alta morbimortalidade nos idosos. Este trabalho tem como objetivo determinar a incidência e os fatores de risco relacionados a quedas em idosos institucionalizados na cidade do Natal-RN. Para esse fim, foi realizado um estudo longitudinal tipo coorte com período de duração de um ano. Foram avaliados idosos residentes nas 10 Instituições de longa permanência para idosos (ILPI) do município do Natal-RN, que deambulassem e possuíssem capacidade cognitiva preservada, avaliada a partir do questionário de Pfeiffer. Do total de 364 idosos residentes nas ILPI, 130 foram incluídos de acordo com os critérios estabelecidos para inclusão e exclusão. Foi questionado ocorrência de quedas no último ano. Variáveis referentes à instituição, condições sócio-demográficas e saúde do idoso foram coletadas por meio de questionário aplicados aos idosos ou cuidadores, ou ainda pela coleta nos prontuários. Foram utilizados os questionários Escala de depressão geriátrica, Escala de depressão CES-D, Escala de sonolência de Epworth e o Índice de Barthel. Dados ambientais, antropométricos e de exame físico (Timed up and go - TUG, Escala de Equilíbrio de Berg - EEB, Velocidade de marcha - VM, Força de preensão palmar - FPP e Teste do sentar e levantar - TSL) foram obtidos a partir de dados secundários. As análises estatísticas foram realizadas por meio dos testes de Qui-quadrado ou Exato de Fisher e Regressão Logística, considerando o nível de significância de 5%. Como resultados, na análise ambiental nenhuma instituição cumpriu todas as normas da ANVISA. Pela avaliação físico-funcional, há inferência para risco de quedas. Sessenta e dois idosos caíram ao final dos doze meses de avaliação, com incidência de 47,7% (IC95%=39,59-55,81) e uma taxa de quedas por pessoa/ano de 1,65 (+ 8,43). Para quedas recorrentes, a incidência foi de 26,92% (IC= 22,38 - 31,46), representando 56,45% dos idosos que caíram. A maioria das quedas ocorreu no quarto e foram encontrados como fatores de risco o uso de antiepilépticos e fadiga e como fatores de proteção o declínio de mobilidade e uso de medicamentos antitrombóticos, ajustados pela terapêutica tireoidiana, funcionalidade, sexo e hospitalização. Para duas ou mais quedas, foram identificados fadiga como fator de risco e uso de betabloqueadores como fator de proteção, ajustados pelo uso de medicamento antitrombótico, antiepiléptico, funcionalidade, sexo e idade. Conclui-se que queda é um evento bastante incidente nas ILPI e que a fadiga foi identificada como fator de risco para queda única ou recorrente, devendo a condição física do idoso e o cansaço serem levados em consideração no momento de sua avaliação.