Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nicoletti, Giancarlo Paiva |
Orientador(a): |
Melo, Maria Celeste Nunes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27044
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Resumo: |
A espécie bacteriana Gardnerella vaginalis é adquirida por via sexual podendo colonizar o trato genital feminino e está intimamente relacionada ao quadro de vaginose bacteriana. A presença dessa espécie bacteriana representa um fator de risco para as mulheres na gestação e aquisição de IST. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a prevalência e fatores associados à Gardnerella vaginalis em mulheres atendidas em clínica ginecológica no município de Natal-RN. Trata-se de um estudo transversal descritivo, cuja população alvo do estudo foi composta por 395 pacientes consultadas em uma clínica ginecológica privada no município de Natal-RN. O estudo foi realizado a partir da análise citológica da secreção vaginal de acordo com o método Papanicolau e posteriormente, avaliados os critérios (presença de corrimento, teste de amina, coilócitos e clue cells) para observação dos microorganismos sugestivos. Informações sociodemográficas, de comportamento sexual e relativas à condição clínica das participantes foram obtidas mediante o prontuário médico e entrevista realizada por meio de formulário contendo 10 questões. Foram calculadas as Razões de Prevalência (RP) brutas e ajustadas (Razões de Prevalência de Mantel Haenszel, segundo tipo de acesso ao sistema de saúde). O Teste Qui-quadrado (x2) de Pearson foi utilizado para a avaliação da presença da Gardnerella vaginalis e fatores associados às pacientes. A prevalência geral de Gardnerella vaginalis foi 35,4%, sendo 51% maior no grupo com idade entre 15 e 44 anos (p-valor=0,004), 45% superior entre as mulheres maritais (p-valor=0,036) e 36% menor entre as mulheres que tomavam anticoncepcional (p-valor = 0,004). Os casos de G. vaginalis foram 3,2 vezes mais frequentes entre as mulheres que tinham um diagnóstico sugestivo de HPV (p-valor<0,001). A prevalência de G.vaginalis foi 26 vezes maior no grupo de mulheres que apresentaram corrimento vaginal e 15 vezes maior naquelas com teste de amina positivo (p-valor<0,001). Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre o teste de amina positivo e corrimento vaginal com a presença de G. vaginalis (RP=14,0; p-valor<0,001). Detectou-se neste estudo, uma alta prevalência de G.vaginalis colonizando o trato genital das pacientes, além da associação estatisticamente significativa entre a presença desta bactéria e alguns fatores comportamentais e sexuais. O status socioeconômico não se mostrou relevante em relação a prevalência de G. vaginalis nas mulheres deste estudo, sugerindo ser mais importante analisar os critérios clínicos e comportamentais para o diagnóstico da vaginose bacteriana. |