Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ferraz, Ednaldo Emílio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21579
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Resumo: |
O presente trabalho analisa o processo de implementação de uma usina eólica tendo como referência empírica o assentamento Zumbi/ Rio do Fogo no Rio Grande do Norte, primeiro assentamento rural do Brasil a instalar um parque eólico. O objetivo da pesquisa foi entender os desdobramentos sócio-territoriais da imbricação desses processos, a saber: a criação do assentamento rural (a partir de 1987) e a instalação do parque eólico (a partir de 2005-6). Por meio de entrevistas com assentados e com gestores públicos verificou-se que o processo de instalação deste parque eólico foi, desde o princípio, marcado por relações desiguais entre assentados, INCRA, representantes das empresas e gestores municipais. Além disso, sua presença revela um conjunto de metamorfoses de cunho social, econômico, político e cultural, marcando claramente a reconfiguração desse território, tais como: tentativa de pecuarização, a gradativa diminuição das culturas de autoconsumo, o reordenamento territorial, com perda crescente do domínio das áreas pelos assentados, aumento dos conflitos internos, o acirramento das disputas pelas terras do assentamento por atores externos. Identificou-se que apesar da criação do assentamento os agricultores vêm perdendo progressivamente o direito ao acesso a terra, embora exista todo um aparato, inclusive jurídico, para negar tal situação. |