Estudo da associação entre síndrome da fragilidade e depressão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Brasileiro, Lizie Emanuelle Eulalio
Orientador(a): Costa, Iris do Céu Clara
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23534
Resumo: A transição demográfica tem sido evidenciada no Brasil desde a década de 40, no entanto, a partir da década de 70 este fenômeno vem crescendo muito e sendo mais estudado e pesquisado. Em função das demandas socioculturais, políticas e econômicas, a ciência busca entender os vários aspectos ligados ao envelhecimento. Assim sendo, estudos que visam evidenciar fatores associados ou correlacionados a um determinado agravo no idoso têm aumentado. A depressão em idosos tem sido considerada uma temática relevante, por agregar nuances filosóficas e bio-psicológicas, relacionadas desde o sofrimento da proximidade do fim da vida até a alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. Sabe-se que a depressão é uma doença com sintomatologia psíquica e física, oriunda de alterações em neurotransmissores, bem como alterações inflamatórias. Ainda, está relacionada à perda de autonomia e incapacidades, quedas e hospitalizações, diminuindo a qualidade de vida. Além da depressão, a síndrome de fragilidade tem sido cada vez mais estudada, inclusive por apresentar forte impacto nas vivências de idosos. Objetivou-se estudar a associação entre os indicadores da fragilidade e a depressão no idoso, avaliando a magnitude através das razões de prevalência (RP). Trata-se de um estudo seccional, derivado de um estudo multicêntrico- Rede FIBRA (Fragilidade em idosos brasileiros) - em um município no interior do nordeste brasileiro. Foi utilizada uma amostra de idosos domiciliares com mais de 65 anos de idade que pontuassem acima do ponto de corte em exame cognitivo. Utilizou-se análise bivariada de Poisson, bem como análise multivariada. Observou-se que características sociodemográficas como ser viúvo e não ser alfabetizado apresentam associação significativa com os sintomas depressivos. Dentre os indicadores de fragilidade, perda de peso, fadiga e falta de atividade física apresentaram p inferior a 0,05. Portanto, foi verificada sobreposição entre os sintomas depressivos e indicadores de fragilidade, o que suscita a conjectura acerca da suficiência de apenas indicadores físicos serem utilizados para a constatação de fragilidade, sem a inclusão de um indicador que avalie aspectos afetivos. Percebe-se que muitos estudos ainda necessitam ser realizados, especialmente com metodologia que permita inferência de causalidade.