Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Costa, Jennifer Juliana Barreto Bezerra |
Orientador(a): |
Ferreira, Adir Luiz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/43133
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Resumo: |
A crescente transformação do Ensino Superior no Brasil trouxe concomitantemente o interesse e a relevância de conhecer e de compreender melhor as motivações, os significados e os sentidos que os estudantes universitários têm sobre si próprios e sobre a sua vida acadêmica. Nessa perspectiva, o presente estudo tem como objetivo investigar como os estudantes, entre o 6° e 10° período do curso de Pedagogia da UFRN, modalidade presencial, do campus Natal, desenvolveram seus percursos de socialização acadêmica na graduação e como construíram suas estratégias sociais para permanecerem e concluírem o curso. No primeiro momento da pesquisa, foram aplicados 90 questionários (cerca de 10% do total de matriculados no semestre de 2019.2), a fim de conhecermos os estudantes que compõem o curso de Pedagogia, além de compreender melhor acerca da socialização acadêmica. A partir da aplicação do questionário, foi possível selecionarmos seis estudantes que participariam da próxima etapa da pesquisa, a entrevista. Para a escolha dos entrevistados, utilizamos alguns critérios de seleção, como o tempo no curso e a percepção sobre a própria socialização acadêmica, a fim de conversamos e conhecermos melhor sobre as suas trajetórias no curso. Diante da análise dos questionários e das entrevistas, foi possível elaborarmos os quatro principais pontos da dissertação: o primeiro ponto diz respeito à socialização individual e à socialização gregária, considerando-as, respectivamente, como a forma de socialização com uma única pessoa e a segunda forma como uma socialização mais grupal, porém, ambas proporcionando apoio ao sujeito. O segundo ponto diz respeito às fases de vivência no Ensino Superior, sendo elas: tempo de euforia, tempo de mudança, tempo de desmotivação e tempo de confirmação. O terceiro ponto diz respeito ao nível de socialização acadêmica desses estudantes, podendo eles serem: bem socializados, mais ou menos socializados, ou pouco ou nada socializados. E, por fim, a satisfação com a própria socialização no meio ambiente da Universidade, podendo os estudantes estarem satisfeitos, pouco satisfeitos ou nada satisfeitos. Esses pontos revelam compreensões mais profundas sobre a vida dos estudantes no meio acadêmico, levando em consideração principalmente as formas e os níveis de socialização acadêmica. Uma das revelações sobre a socialização acadêmica e a vida estudantil é a de que os estudantes, não importando que eles se considerem pouco ou nada socializados, ainda assim percebiam que tinham pontos de apoio social para prosseguirem o seu caminho no curso. Além disso, outra revelação foi a diferença entre as trajetórias dos discentes considerados com uma socialização mais intensa e as trajetórias dos estudantes com uma socialização menos intensa, ficando evidente que os estudantes bem socializados se sentiam mais confortáveis na vida acadêmica, enquanto o segundo grupo foi marcado por diversos acontecimentos considerados por eles como momentos difíceis, dentro e fora da Universidade, que os levaram, inclusive, a pensar na desistência do curso. Compreendeu-se, por fim, que a socialização dos estudantes do curso de Pedagogia ocorre de diversas maneiras e intensidades, sendo preciso considerar igualmente a importância dos espaços de convivência no campus que favoreçam as interações, além de outros locais onde possa acontecer a socialização, momentos para que os estudantes possam conversar sobre as suas dificuldades e frustações no curso. |