Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Naasson Victor Laurentino de |
Orientador(a): |
Goto, Bruno Tomio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54749
|
Resumo: |
Os brejos de altitude são entendidos como “ilhas” de florestas úmidas cercadas por uma vegetação seca e são caracterizadas como parte da Mata Atlântica, dentro do Domínio Caatinga. Esses ambientes geralmente são áreas com características particulares e condições privilegiadas quanto à umidade do solo e do ar, temperatura e cobertura vegetal. Esses fatores influenciam os desenvolvimentos dos microrganismos, contudo, em relação a microbiota do solo, essas áreas são escassas de estudos sobre diversidade, notadamente os Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA). Esses fungos, que formam ampla simbiose com raízes de plantas, são importantes por aumentar a absorção de nutrientes e promover o crescimento vegetal. Entretanto, o conhecimento da diversidade, riqueza e estratégias ecológicas desses fungos em áreas de altitude é insipiente e requer mais pesquisas. Assim, esse trabalho tem como objetivo comparar as comunidades de FMA entre diferentes fitofisionomias e substratos em um brejo de altitude do Domínio Caatinga. Para isso, foram coletadas amostras de solo e serapilheira durante a estação chuvosa de janeiro/2022, no Parque Nacional de Ubajara, Ceará. Duas abordagens foram utilizadas para acessar a riqueza e diversidade de FMA nas diferentes vegetações, (i) extração de glomerosporos por peneiramento úmido e centrifugação em água e sacarose (70%) para o solo e (ii) catação de glomerocarpos, utilizando pinça e auxílio de uma lupa de mão para a serapilheira. As espécies foram avaliadas quanto à frequência de ocorrência e abundância e classificadas em dominantes, comuns, muito comuns ou raras. Foram submetidas a índices de diversidade, além de avaliar diferenças na composição das comunidades com uma PERMANOVA e ANOVA para testar diferenças na riqueza absoluta de espécies. Foram encontradas 54 espécies de FMA, das quais 39 ocorreram no solo da mata úmida e 39 no solo na mata seca. Apenas 14 espécies ocorreram na serapilheira; sendo 10 na mata úmida e sete na mata seca. Algumas espécies foram identificadas apenas para um tipo de vegetação e/ou substrato. A comunidade predominante foi de espécies raras e poucas dominantes. A PERMANOVA mostrou que as comunidades de FMA diferem entre os tipos de vegetação, entre os tipos de substrato e nas suas interações. Isso indica que os FMAs têm preferência por ambientes e/ou faixas do substrato terrestre. Também demonstra a importância de ambientes como os brejos de altitude como reservatórios de biodiversidade. Além disso, novos métodos podem ampliar o conhecimento sobre a ecologia do grupo. |