Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
VIEIRA, Larissa Cardoso |
Orientador(a): |
SILVA, Gladstone Alves da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40141
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Resumo: |
Áreas montanhosas estão distribuídas em várias partes do mundo e submetidas a diversas condições ambientais. No Brasil, as áreas de altitude compreendem serras montanhosas que abrigam grande heterogeneidade de ecossistemas, com representantes endêmicos e elevada biodiversidade. Nos ambientes montanhosos, a distribuição dos organismos é moldada pelas mudanças edáficas, climáticas e topográficas que variam com o acréscimo da altitude. Essas condições podem influenciar as preferências ecológicas dos fungos micorrízicos arbusculares (FMA), que estão presentes no solo e em associação com as raízes de plantas. A distribuição dos FMA é pouco conhecida nas áreas montanhosas tropicais, dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar os fatores relacionados com a estrutura das assembleias de FMA em gradientes de altitude no Brasil. Foram selecionadas três áreas montanhosas com diferentes altitudes para o estudo das assembleias de FMA: Serra das Almas (1560 a 1760 m), Serra do Ponto (900 a 1170 m) e Serra do Caparaó (1350 a 2520 m). A coleta de solo foi realizada uma vez em cada área no período de abril/2016 a novembro/2018. Na Serra das Almas foram observadas 69 espécies incluídas em 21 gêneros, sendo Glomus e Acaulospora os gêneros mais representativos com 17 e 13 espécies, respectivamente. Houve diferença na assembleia de FMA entre a maior e menor altitude. As variáveis areia grossa, areia total e pH foram relacionadas com as espécies da altitude 1660 e 1760 m, enquanto silte e fatores químicos (Zn, C, K, P, MO, H e CTC) foram relacionados com a assembleia de FMA em 1560 m. Na Serra do Ponto foram identificadas 77 espécies distribuídas em 24 gêneros, maior riqueza foi encontrada em Acaulospora com 20 espécies e Glomus com 14 táxons. A ordem Gigasporales foi predominante na altitude mais arenosa e foi considerada indicadora dessa área. Apenas as assembleias de FMA da menor e maior altitude diferiram. A composição da assembleia de FMA na menor altitude (900 m) foi relacionada com argila, e na maior altitude (1170 m) os atributos do solo relacionados com a distribuição das espécies de FMA foram carbono e acidez potencial. Na Serra do Caparaó foram identificadas 84 espécies de FMA classificadas em 19 gêneros. Acaulospora foi predominante nessa área, seguido por Glomus com 30 e 19 espécies, respectivamente. Representantes da ordem Diversisporales foram mais abundantes nas maiores altitudes dessa área. As assembleias de FMA diferiram em todas as altitudes e variáveis químicas e físicas foram relacionadas com essa composição. Com as culturas armadilhas foi possível ampliar a riqueza encontrada, com a adição de três espécies na Serra das Almas e três espécies na Serra do Ponto, recuperando táxons que não tinham sido observados nas amostras de campo. Na Serra das Almas e na Serra do Ponto foi observada menor diversidade nas menores altitudes, enquanto a Serra do Caparaó mostrou diferença estatística entre as altitudes intermediárias. Os ambientes estudados abrigam elevada riqueza de FMA (totalizando 158 espécies), com diferentes composições e preferências ecológicas das assembleias desses fungos ao longo dos gradientes de altitude. |