Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Marcelino, Nara Juscely Minervino de Carvalho |
Orientador(a): |
Martins, Marco Antonio Rocha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26201
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Resumo: |
Esta Tese se propõe a analisar a configuração sintática e a compatibilidade semântica entre as Sentenças de Negação do Português Brasileiro (PB) realizadas com os marcadores é ruim e nem a pau e o contexto em que essas sentenças são inseridas, considerando, entre outros, os pressupostos da Gramática Gerativa. No PB, as sentenças de negação são divididas em Sentenças de Negação Proposicional (SNP), Sentenças de Negação Regular (SNR), Sentenças de Negação Metalinguística (SNM), Sentenças de Negação Enfática (SNE) e Sentenças de Negação Anafórica (SNA). As sentenças com é ruim e nem a pau são, em sua maioria, Sentenças de Negação Metalinguística, uma vez que, só podendo ser efetivadas mediante uma pressuposição concretamente efetivada, estabelecem contraste ao conteúdo proposicional da pressuposição, de modo a retificar alguma variável do seu valor de verdade. Tendo em vista a projeção sintática de uma sentença, o é ruim é projetado sempre em Complementizer Phrase (CP), uma vez que é estabelecido numa sentença de Inflectional Phrase (IP) pleno, cujo verbo principal aparece no Indicativo, com núcleo e argumentos ocupando, devidamente, suas posições. O nem a pau, por sua vez, ora aparece em CP, ora em Adverbial Phrase (AdvP), como constituinte adjunto. Apesar de serem constituintes que estabelecem negação, esses marcadores podem ser originados em posições distintas, o que depende de eles serem constituintes periféricos ou adjuntos. Se periféricos, sofrem merge externo em CP, onde também se realizam; se adjuntos, são adjungidos a alguma projeção máxima, sobre a qual insere seu escopo. Dentre esses marcadores, o é ruim é sempre um Marcador de Negação Metalinguística (MNM) periférico, gerado e realizado diretamente em CP. O nem a pau, no entanto, é um constituinte periférico ou adjunto. Sendo assim, dependendo da posição em que se realize, se acima ou abaixo do verbo, e da pressuposição que o anteceda, se uma sentença de afirmação ou de negação, o nem a pau pode ser um MNM, um MNR ou um IPN. Se a pressuposição é uma sentença de afirmação, ele é um MNM ou um MNR apenas se estiver acima do verbo. Se estiver abaixo do verbo, ele é um Item de Polaridade Negativa (IPN) que estabelece relação com o não que nega a afirmação da mesa pressuposta. Em todos os casos, o nem a pau é um marcador periférico. Se a pressuposição é uma sentença de negação, o nem a pau também tem leitura de MNM, de MNR ou de IPN, sendo que ele é um MNM ou um MNR, portanto, marcador periférico, se aparecer acima do verbo. Se estiver abaixo, ele é um IPN que nega a negação na pressuposição, sendo gerado em posição de adjunto. |