Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Márcia Silva de |
Orientador(a): |
Borges, Amadja Henrique |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22694
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Resumo: |
A presente tese trata da dinâmica socioespacial que construiu historicamente o bairro de Nova Descoberta, na cidade do Natal/RN, a partir da segunda metade do século XX. Para isso, aborda a relação entre a construção do Bairro e da Vida de Bairro e ampara-se no embasamento teórico-metodológico elaborado pelo filósofo e sociólogo francês Henri Lefebvre, quando propõe uma leitura da vida social urbana que se descortina no bairro enquanto fragmento privilegiado ou núcleo de vida social somente compreendido na relação com a cidade. Parte do seguinte questionamento: como incluir o espaço diferencial, pensado por Henri Lefebvre, na análise do bairro e da vida de bairro a partir do estudo da realidade de Nova Descoberta? E levanta como hipótese a afirmação de que a existência e a realidade do bairro de Nova Descoberta são determinadas e somente explicadas pelo movimento simultâneo e contraditório do seu espaço concebido, percebido e vivido. Para isso, constrói uma análise do bairro de Nova Descoberta como espaço diferencial, produzido na convergência e na simultaneidade de diferentes lógicas e dimensões que se descortinam na produção do seu espaço e fundamenta-se nos estudos do citado autor francês acerca do bairro, da vida cotidiana e da vida social urbana, bem como do seu método dialético regressivo-progressivo, que propõe análises espaço-temporais de confrontação entre a vida moderna, o passado e o possível, se afirmando como uma pesquisa qualitativa, amparada na realização de entrevistas, observações in loco, tomada de imagens, consultas em órgãos públicos e em antigos registros do campo empírico. Percorrendo trilhas de investigação que ajudaram a entender a formação do bairro na cidade, mostramos o processo de consolidação dos núcleos iniciais de ocupação, Nova Descoberta e Morro Branco, e nos deparamos com a construção de um bairro institucionalizado, mas também percebido e vivido a partir das tramas e redes do vivido que sustentam a memória individual e coletiva, a noção de pertencimento e a identidade consolidada do espaço de vida do morador na cidade. Nesse contexto, as novas descobertas realizadas confirmaram nossa hipótese de que Nova Descoberta, enquanto bairro oficial da cidade, somente pode ser compreendida em sua totalidade como espacialidade concreta, como unidade institucionalizada e como núcleo de vida social, ou seja, como produto da dinâmica simultânea e contraditória de produção do seu espaço concebido, percebido e vivido, que permitiu sua leitura como espaço diferencial. Constatação que nos permitiu afirmar que o atual bairro institucionalizado de Nova Descoberta, apresenta duas referências socioespaciais diferenciadas, Nova Descoberta e Morro Branco, que apontam para a convivência, por vezes conflituosa, entre o bairro oficial e o bairro cotidiano, onde um não nega o outro, mas a ele se soma como parte de uma mesma realidade. Enfim, o trabalho destaca a possibilidade de habitar o bairro como resgate e reafirmação da vida social urbana, contribuindo para estudos posteriores acerca da relação bairro-cidade, vida cotidiana-vida social urbana, na cidade atual. |