Figurações contemporâneas do espaço em José Eduardo Agualusa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Coelho, Isabela Helena Rodrigues
Orientador(a): Gonçalves, Marta Aparecida Garcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24541
Resumo: Considerando a representação espacial como ato político de interferência, dinamização, provocação e desestabilização, neste trabalho procuraremos investigar na obra O vendedor de passados (2004), de José Eduardo Agualusa, a presença de vetores espaciais por diferentes abordagens. Como introduz Brandão (2013), o conceito apresenta uma adaptabilidade particular na teoria literária, por isso objetivamos traçar um recorte que envolva a análise fenomenológica (BACHELARD, 2008), a semiótica (BARTHES, 2003a), a da geografia humanista (HOLZER, 2008), entre outras. Como ponto rotacional prenhe de elucubrações sobre o espaço, também investigamos uma conversação entre outras formas de arte, como a fotografia (BARTHES, 2012). Nessa tônica, a literatura possibilita o que Jacques Rancière denomina “partilha do sensível” (RANCIÈRE, 2005): a refração das sensibilidades que, pela diversidade, fundam uma estética democrática, pois estes espaços perfuram o “lugar-comum” fazendo circular heterogeneidades inerentes às relações sociais, ou seja, são espaço de ressignificação (FOUCAULT, 2009). Portanto, enquanto a escrita literária provoca fissuras pelo poder alquímico, as figurações espaciais questionam territórios simbólicos e identitários no romance.