Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Diógenes Paulo da |
Orientador(a): |
Campos, Sulemi Fabiano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54675
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Resumo: |
Este estudo analisa escritas de graduandos para compreender a maneira como a voz alheia é movimentada de um texto para outro e em que medida deixam ou não traços de escritas mobilizadoras de conhecimento. Investigamos pela escrita de fichamentos, resumos e resenhas como graduandos mobilizam diferentes vozes e se, ao incorporem os discursos, deixam à mostra traços de uma escrita mobilizadora de conhecimento e quais estratégias linguísticas podem ser observadas a partir dessa escrita acadêmica. As produções são vistas, nesta investigação, como um produto que diz sobre o processo de constituição de graduandos, como uma escrita que demanda conhecimentos sobre formas linguísticas de lidar com os discursos sobre a esfera social na qual essa escrita acontece e para a qual se destina. Nessa perspectiva, observamos os textos a partir dos seguintes questionamentos: Como os graduandos materializam a voz alheia ao movimentá-la de um texto para outro? Quais traços linguísticos podem ser identificados como escrita mobilizadora de conhecimento na produção de fichamentos, resumos e resenhas? Como os estudantes movimentam os discursos de um texto ao incorporar outras vozes? E de que maneira o aluno, ao produzir mais de uma versão de texto, em contexto de aulas remotas, consegue dar espaço à construção de uma escrita mobilizadora? Levantamos como pressuposto a ideia de que na escrita de fichamento, resumo e resenha podese observar o modo como o graduando ao movimentar diferentes vozes incorpora os discursos, deixa ver ou não formas linguísticas de uma escrita mobilizadora de conhecimento. Nosso corpus de análise é constituído de escritas e reescritas produzidas por quinze alunos de uma disciplina de Leitura e Produção de Textos Acadêmicos I da UFRN (2020.2), em contexto de aulas remotas por consequência da pandemia do covid-19. Desse total, selecionamos os textos produzidos por cinco alunos para compor o recorte de análises. Como aporte teórico, buscamos os estudos de Pêcheux (1997) sobre a forma-sujeito no discurso; Maingueneau (1997) para investigar as formas do discurso relatado; Fuchs (1985) sobre a paráfrase linguística; e AuthierRevuz (1990; 2004; 2007) pela alusão ao discurso outro. Nessa direção, os resultados obtidos nos permitiram levantar, no fio discursivo da escrita, a ideia de que os alunos, ao movimentar as vozes de um texto, tendem a selecionar na 1ª versão as escritas de maior relevância e as levam para reescrita. Já na 2ª versão, pela interpelação do outro, tendenciosamente, os alunos reescrevem apenas os pontos abordados na orientação do professor/tutor. Dessa forma, conseguimos perceber através dos vestígios linguísticos/discursivos escritas mobilizadoras apenas na produção de resumos e resenhas. |