Impactos no estudo da escrita produzidos nos textos de graduandos em Letras.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: SANTOS, Joelma da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1245
Resumo: A todo o momento, estamos fazendo uso da escrita em nosso dia-a-dia sem nem mesmo percebermos, o que nos faz concluir que não escrevemos por escrever, mas com um objetivo e intencionalidade. Contudo, os alunos que chegam à universidade têm demonstrado sérios problemas de escrita. Alegam, inclusive, não saberem escrever, já que a escola não lhes proporciona ações de escrita, considerando-se práticas sociais efetivas. Esses alunos quando se deparam com a prática de escrita acadêmica se sentem incapazes, uma vez que lhes é solicitado que escrevam de forma critica e reflexiva, atentando tanto para os aspectos microestruturais do texto (recursos morfológicos e sintáticos) quanto para seus aspectos macroestruturais (organização que manifesta um saber compartilhado, informação nova, justificativa e conclusão). Desse modo, compreendendo ser o ensino de escrita, como objeto de ensino-aprendizagem, um constante desafio para os docentes e discentes, procuramos, nesta presente pesquisa atingir a dois objetivos: 1) Verificar de que forma as orientações de correções recebidas da professora-formadora se incorporam às novas versões do texto dos alunos de Letras e que tipo de correção foi utilizado pela docente, como sendo impactos do ensinoaprendizagem da escrita sobre esses textos; e 2) Identificar os impactos que as disciplinas Prática de Leitura e Produção de Textos I e II (PLPT) provocam nos alunos recém-ingressos no curso de Letras (identificados na concepção de escrita, na leitura, na metodologia de ensino, na correção e na reescritura). A pesquisa é descritivointerpretativa de natureza qualitativa, cup corpus compreende: enunciados de propostas de escrita social e acadêmica; textos dos alunos considerados Iniciante (I), Mediano (M) e Proficiente (P), nas suas primeira e segunda versões; questionário aplicado pela docente no primeiro dia de aula, da disciplina PLPT I; questionário aplicado por nós, na disciplina citada; entrevista semi-estruturada realizada com os alunos em foco, na disciplina PLPT II; e questionário respondido pelos alunos após terem cursado as disciplinas em foco. Nossa pesquisa fundamenta-se na abordagem interacionista sócio-discursiva de escrita. Os resultados sinalizam que o ensino acadêmico, oferecido no curso de Letras, provocou um impacto, embora incipiente, ainda, nos textos dos alunos I e M, bem como a metodologia do ensino universitário provocou mudanças quanto à concepção de escrita e os modos de apreender a escrita dos alunos I, M e P, uma vez que na academia eles precisaram ler e escrever além do que lhes era exigido no Ensino Fundamental (EF) e no Ensino Médio (EM). Com esses resultados, concluímos que os alunos chegam à universidade trazendo consigo lacunas no que se refere aos aspectos macro e microestruturais, refletindo, assim, em seus textos produzidos na academia, os quais passam por alterações após as sugestões de reescrita da docente e reescritos pelos alunos. Isso nos faz concluir que entre o saber estudar sobre escrita e o saber escrever efetivamente há uma grande distância. Logo nós não podemos ensinar a escrever, falando sobre escrita temos que estimular os alunos para escrever, preferencialmente, a partir de práticas de letramentos diferenciadas, não só da academia, mas de outras instâncias sociais, de acordo com suas próprias necessidades.