O doce saber da terra: tecendo saberes no Semiárido/Sertão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Figueiredo, Gustavo de Alencar
Orientador(a): Gonzalez, Fredy Enrique
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45464
Resumo: Esta pesquisa é concebida como uma ação de desenvolvimento humano na trajetória histórica de um elemento singular que se localiza na comunidade rural Vila Riacho do Meio, situada no município de Cajazeiras - PB: O Engenho do Riacho do Meio. Assumi uma perspectiva de pesquisa que me permitiu transcender os limites do saber escolar fragmentado e, ao mesmo tempo, criar uma polifonia que possibilitou inserir na escola outras formas de ler, compreender e interpretar o mundo. O foco do estudo a partir do qual esta tese foi gerada foram as práticas socioculturais subjacentes aos trabalhos realizados no Engenho do Riacho do Meio que se assumem como práticas educativas, assentam-se em saberes tradicionais sem deixar de se comunicar com os saberes da ciência. Partindo dos princípios da complexidade (Edgar Morin) e da caracterização do saber da tradição (Conceição Almeida e Chico Lucas), a noção de método como estratégia aberta e emergente foi adotada, e, baseada nela, foi possível construir uma narrativa humana e humanizadora do Engenho do Riacho do Meio, entendido e vivenciado como o universo da pesquisa desenvolvida no estudo relatado nesta tese. Seu propósito essencial foi construir um tecido complexo e transdisciplinar, articulando os saberes tradicionais implícitos nas práticas de fabricação de produtos derivados da cana-de-açúcar e o conhecimento científico associado a essas práticas. Como estratégia discursiva, utilizei a narrativa testemunhal autobiográfica, que permitiu resgatar as experiências de vida tanto do pesquisador quanto dos trabalhadores do Engenho, revelando a forma como organizam seus saberes historicamente compartilhados por meio da tradição. Pretendo dar continuidade a este trabalho através da reconversão do Engenho do Riacho do Meio como um espaço de vivência do/no Semiárido/Sertão que possibilita a articulação universidade-comunidade, propiciando condições adequadas para a construção de um diálogo autêntico entre os saberes científicos estudados nos espaços escolares e os saberes ancestrais produzidos historicamente por homens e mulheres que dão vida à existência humana característica do Engenho do Riacho do Meio.