Influências do espaço, do ambiente e do histórico de uso em uma floresta mista subtropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bezerra, Amarilys Dantas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20498
Resumo: Um dos principais objetivos da ecologia é entender os fatores que influenciam a formação e a estrutura das comunidades. Vários trabalhos têm apontado que os fatores ambientais e estocásticos são igualmente relevantes, embora suas importâncias variem entre comunidades. Diferentes mecanismos parecem atuar em grupos de espécies distintos e em escalas distintas: a importância do determinismo ecológico parece aumentar com o tamanho do organismo, com a progressão da sucessão ecológica e com o aumento da escala espacial e decrescer com o tamanho do propágulo e o tamanho do conjunto regional de espécies. Haveria também dinâmicas diferentes entre espécies raras e abundantes, sendo as espécies raras mais influenciadas pela estocasticidade que as abundantes. Neste trabalho investigamos a contribuição dos efeitos ambientais, espaciais e relacionados aos eventos históricos na estrutura de uma floresta mista subtropical e testamos as seguintes hipóteses: (1) Os fatores estocásticos, representados pela fração puramente espaciais, têm maior influência nas comunidades recém impactadas (início da sucessão), enquanto que os fatores ambientais têm maior influência nas não impactadas ou há mais tempo em regeneração; (2) A importância relativa dos fatores espaciais é maior na estrutura das espécies de grupos ecológicos com melhor capacidade dispersiva; (3) Os fatores históricos e espaciais são mais impactantes para as espécies raras que para as espécies abundantes. Chegamos à conclusão que os fatores ambientais foram tão importantes quanto os demais processos analisados para a definição da estrutura da comunidade. Também que os fatores ambientais, espacias e históricos tiveram influências diferentes em grupos de espécies com estratégias ecológicas distintas e em áreas com históricos de pertubação diferentes. A inclusão dos fatores históricos demonstrou ser bastante relevante para o entendimento da estrutura da comunidade. Consideramos que a inclusão dos principais fatores de pertubação nas análises pode aprofundar nosso entendimento dos processos ligados à formação das comunidades ecológicas.