Economia brasileira e modelos de inserção internacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Rodrigo Lima de
Orientador(a): Gouveia, Esther Majerowicz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49758
Resumo: Uma das ferramentas disponíveis aos formuladores de políticas públicas na execução dos objetivos econômicos é a política externa, materializada no modelo de inserção internacional do país (em sentido amplo). Embora não seja per se um componente do PIB, a política externa pode ser utilizada para viabilizar dinâmicas de crescimento econômico, por meio da indução dos elementos que conformam o Produto Nacional. Isso pode ser feito diretamente via, por exemplo, o comércio exterior stricto sensu; ou subsidiariamente por meio do relaxamento das restrições externas ao PIB. Para além desses proventos facilmente detectáveis, a política externa também possui a capacidade de legar ao país retornos imateriais, que, conquanto possuam definições econômicas pouco óbvias, impactam decerto a posição do país frente aos seus pares na Comunidade Internacional. Este trabalho visa analisar as inter-relações entre a economia e os paradigmas de inserção internacional. Especificamente, busca-se explicitar o papel da política externa entre as causas do crescimento econômico brasileiro em momentos em que o Brasil cresceu mais rápido do que os países desenvolvidos; e analisar, no modelo de política externa de cada um desses momentos, o que foi majoritariamente perseguido: busca por credibilidade internacional, ou busca por autonomia em relação às potências dominantes. Para tanto, esta dissertação identificou, desde 1850, em quais períodos a taxa de crescimento do PIB per capita brasileiro superou, por cinco anos no mínimo, a média das taxas dos quinze principais Estados desenvolvidos. Desvendados esses períodos, o passo seguinte foi examinar as causas do crescimento econômico em cada momento histórico, e a influência da política externa na expansão do Produto. Por último, este trabalho qualificou o modelo de inserção internacional do qual se valeram os governos no que se refere aos seus traços de “autonomia” ou de “credibilidade”. A conclusão a que se chegou foi que as ações internacionais empregadas em cada período contribuíram para a materialização dos resultados econômicos, seja na proteção da economia nacional em conjunturas em que a Renda dos países desenvolvidos diminuiu mais do que a do Brasil, seja no estímulo aos componentes do PIB, quando o Brasil cresceu mais do que os desenvolvidos. Ademais, verificou-se que o paradigma de política externa predominantemente utilizado nos momentos de prosperidade brasileira foi o da busca por autonomia, o que – tendo em conta o impacto desse paradigma nas causas do crescimento econômico – apontou para a possibilidade desse modelo ser dotado de maior eficácia, inclusive no sentido econômico.