Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Melo, Edinara Targino de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACEUTICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19955
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Resumo: |
No Brasil, é grande a incidência de animais peçonhentos, dentre os quais se destacam os escorpiões por sua importância médica, sendo sua peçonha fonte de diversas substâncias químicas com atividades biológicas e farmacológicas ainda não compreendidas, incluindo diversos peptídeos bioativos. Peptídeos antimicrobianos (PAMs) são componentes do sistema imune de procariotos e eucariotos utilizados como primeira linha de defesa contra micro-organismos. No presente trabalho, foi caracterizado o primeiro PAM do escorpião Tityus stigmurus, nomeado Stigmurina, previamente identificado por meio do transcriptoma da glândula de veneno desta espécie. As características da Stigmurina foram investigadas por modelagem computacional e construção de dendrograma. Além disso, as características estruturais da Stigmurina foram investigadas por dicroísmo circular em água, em 2, 2, 2- trifluoethanol (TFE) e em dodecil sulfato de sódio (SDS) e os modelos refinados por simulações de dinâmica molecular. Testes in vitro foram empregados para investigar a atividade antibacteriana, antifúngica, hemolítica e citotóxica do veneno bruto e da Stigmurina. Os resultados mostraram que a sequência selecionada codifica uma proteína madura com 17 resíduos de aminoácidos e o dendrograma revela um caso de convergência evolutiva. Os espectros de dicroísmo demonstraram flexibilidade conformacional, predominando estrutura estendida e β–folha, além de notável capacidade de renaturação. A peçonha bruta não apresentou atividade relevante nos testes antimicrobianos para as concentrações testadas. No entanto, a Stigmurina mostrou um amplo espectro de atividade antibacteriana, com concentrações inibitórias mínimas (CIMs) entre 31,25μg/mL a 250 μg/mL para diferentes micro-organismos, enquanto que os resultados para a avaliação da atividade hemolítica nestas concentrações foram baixas. Nos estudos de citotoxicidade, a peçonha bruta foi incapaz de reduzir a viabilidade celular em células VERO E6, porém sua toxicidade em células SiHa foi significativamente superior, correspondendo a uma IC50 de 3,6 μg/mL. Já nos testes com a Stigmurina, as concentrações capazes de reduzir a viabilidade celular das células VERO E6 e SiHa em 50% foram de 275,67 μg/mL e 212,54 μg/mL, respectivamente.Os resultados sugerem que a Stigmurina poder ser considerada como um potencial medicamento anti-infeccioso. |