Moeda e centro-periferia no dólar flexível: o real brasileiro na posição de moeda periférica (2000-2017)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nascimento, Júlio César
Orientador(a): Pereira, William Eufrasio Nunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25820
Resumo: O trabalho parte da tradição estruturalista latino-americana clássica, particularmente, na relação centro-periferia baseada no progresso técnico. Desta forma, essa teoria deixa uma lacuna para analisar essa relação com base na dimensão monetária internacional. Com as alterações ocorridas no Sistema Monetário Internacional com a quebra do regime de Bretton Woods em 1960/1970 há uma discussão sobre a relevância do SMI atual para uma abordagem a relação centro-periferia. No atual regime monetário internacional denominado de Dólar Flexível apresenta-se como uma dimensão especial para analisar a relação centro-periferia a partir da hierarquia de moedas. Essa hierarquia é baseada pela liquidez das moedas em âmbito internacional e se estrutura a partir do dólar no núcleo do sistema, seguida pelo o euro, entre outras moedas centrais e na base desse sistema estão as moedas periféricas. Essa hierarquia apresenta-se como problemática para os países de moedas periféricas, particularmente, quanto às vulnerabilidades, tais como: tendência de instabilidades na taxa de câmbio e taxa de juros, tendência especulativa e de aumento das reservas internacionais. Enquanto problematização têm-se: a posição internacional de moeda periférica do Brasil impacta em problemas para o país? A hipótese utilizada para o desenvolvimento do trabalho é que a posição de moeda periférica do real brasileira impacta em problemas macroeconômicos. Desta forma, o objetivo geral da pesquisa é analisar os potenciais problemas para o Brasil pela sua posição de moeda periférica em âmbito mundial no período 2000-2017. A metodologia utilizada para o trabalho é bibliográfica, descritiva e explicativa de natureza quali-quantitativa com base de dados do Banco Central do Brasil. Conclui-se que, o Brasil durante o período de análise teve tendência de instabilidades intensas na taxa de câmbio e taxa de juros básica (SELIC), aumento das reservas internacionais principalmente pela via da conta financeira e uma tendência de aumento nas aplicações do investimento em carteira, na qual, de acordo com a teoria restringe a autonomia de políticas econômicas.