O debate em livros didáticos aprovados pelo PNLD 2020-2022

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Edson Carlos da
Orientador(a): Tinoco, Glicia Marili Azevedo de Medeiros
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - PROFLETRAS NATAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57253
Resumo: Debater, respeitando a ética e a negociação de ideias, constitui-se, ao longo da História humana, uma prática de contínua construção da civilidade. Contemporaneamente, como demonstrações públicas (presenciais e/ou mediadas pelas redes sociais) de polaridade de ideias tem-se tornado prática reiterada, aprender a debater vem se tornando ainda mais relevante. Isso implica pensarmos o debate para além do conceito de gênero discursivo oral e/ou de objeto de ensino nas aulas de Língua Portuguesa, ou seja, como prática social. Cientes disso, esta dissertação busca analisar como o debate é trabalhado nos livros didáticos aprovados pelo triênio PNLD 2020-2022. Esse programa atende à Base Nacional Comum Curricular, que, por sua vez, insere o debate no campo de atuação da vida pública. Diante disso, definimos, como objetivo geral desta dissertação, investigar como o trabalho com o “debate” pode contemplar as habilidades do campo de atuação da vida pública, elencadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para atingir esse objetivo, buscamos especificamente: (i) compreender como o “debate” é contemplado na BNCC; (ii) analisar o trabalho com “debate” nos dois volumes do 8 o ano do EF, selecionados entre as coleções aprovadas pelo triênio PNLD 2020-2022. Metodologicamente, esta pesquisa documental é de natureza qualitativa e interpretativista e analisa atividades didáticas que trabalham o debate em dois volumes do 8o ano. Para atingir esses objetivos, fundamentamos nossa análise na concepção dialógica da língua(gem), de Mikhail Bakhtin, nos estudos de letramentos de vertente sociocultural, de Kleiman (1995, 2000, 2012), Tinoco (2008, 2018, 2020), Aquino (2018), Rojo (2004) e Street (2014), nos estudos de argumentação interacional, de Grácio (1993, 2010) e na pedagogia crítica, de Paulo Freire (2016, 2021, 2022). Os resultados sinalizam que o trabalho com o debate, nos dois volumes analisados, compreende: (i) eventos que, de fato, aconteceram na realidade social brasileira; (ii) temas polêmicos de relevância para a cultura e a economia; (iii) prática social que ultrapassa a esfera escolar. Portanto, embora ainda focalizem a análise de alguns elementos meramente estruturais, não restringem o ensino do debate aos elementos constitutivos do gênero oral tampouco o transformam em apenas um objeto de ensino, pois oferecem alguns subsídios para que o professor e os estudantes o analisem como prática social da vida pública. Por fim, para contribuir com essa perspectiva, apresentamos, como recurso educacional, oito fichas avaliativas que podem subsidiar a avaliação do trabalho com o debate como prática social em sala de aula, sob aspectos diferentes.