Aplicabilidade das equações de estimativa de peso e estatura em idosos residentes em instituições de longa permanência no município de Natal-RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lima, Marcos Felipe Silva de
Orientador(a): Lyra, Clélia de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19628
Resumo: A avaliação antropométrica é importante para detectar alterações no estado nutricional e subsidiar intervenções de saúde. Métodos de estimativa podem ser empregados na impossibilidade de mensuração do peso e estatura em idosos. Entretanto, tais métodos nem sempre são aplicáveis. Objetivo: Comparar e validar métodos de estimativa de peso e estatura em idosos residentes em ILPI de Natal-RN. Metodologia: Coletou-se peso, estatura, perímetros, dobras cutâneas e comprimentos corporais. Avaliaram-se as equações, qualitativamente, pela reprodutibilidade das medidas antropométricas que as compunham e, quantitativamente, pela análise e plotagem das diferenças de médias, teste t-student para amostras em pares, coeficiente de determinação (R²), raiz do erro quadrático médio (REQM), coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e análise gráfica de resíduos. Nas equações de estimativa de estatura, realizou-se análise de cluster entre os diferentes métodos avaliados. Adotou-se como valor de significância p < 0,05. Considerou-se aplicável quando o método de estimativa apresentou R² > 0,7; o menor REQM dentre os avaliados; CCI > 0,7; e respectivo intervalo de confiança 95% com menor distância entre os limites inferior e superior. Resultados: Avaliaram-se 315 idosos de 10 ILPI da cidade de Natal-RN. O peso corporal médio foi maior nos idosos mais jovens e sem restrição de mobilidade. Mediu-se a estatura somente nos idosos sem restrição de mobilidade. A análise qualitativa das equações de peso mostrou a eq.2 de Rabito et al. (2008) como a de melhor reprodutilidade, uma vez que não utilizava medidas de dobras cutâneas. A análise quantitativa revelou a eq.2 de Rabito et al. (2008) como a de melhor aplicabilidade em toda a população avaliada e nos diferentes sexos, faixas etárias (60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 anos ou mais) e restrição de mobilidade. Em relação à estatura, os métodos que usam a hemi-envergadura foram de menor reprodutibilidade. A análise de conglomerados agrupou as equações latino americanas em um cluster, as americanas em outro e não agrupou os métodos que utilizavam hemi-envergadura e comprimento da ulna. A eq.4 de Bermúdez; Tucker (2000) foi a de melhor aplicabilidade para toda a população. Quando analisados os diferentes estratos, verificou-se que para idosos do sexo masculino e de 60 a 69 anos a eq.4 de Bermúdez; Tucker (2000) foi aplicável. Conclusão: A eq.2 de Rabito et al. (2008) foi aplicável para a estimativa de peso na população avaliada e nos diferentes estratos analisados. A eq.4 de Bermúdez; Tucker (2000) foi aplicável somente para o sexo masculino e faixa etária de 60 a 69 anos. Não houve equação aplicável para a estimativa de estatura de idosos do sexo feminino ou com 70 anos ou mais de idade. Portanto, faz-se necessária a realização de novas pesquisas que desenvolvam métodos de estimativa de estatura e peso específicos para a população idosa institucionalizada brasileira